O presidente-executivo do JPMorgan Chase & Co, Jamie Dimon, afirmou que a crise bancária dos EUA não acabou e “haverá repercussões nos próximos anos”, disse em carta a uma mensagem anual de 43 páginas cobrindo uma variedade de tópicos, desde o desempenho do JPMorgan até geopolítica e regulamentação.
O mandatário do JPMorgan contou que nuvens de tempestade ainda ameaçam a economia como faziam há um ano. E o sistema bancário está sob estresse renovado após o fracasso do SVB (Silicon Valley Bank), e do resgate do Credit Suisse pelo UBS no mês passado.
O presidente do maior banco dos EUA afirmou que “As chances de uma recessão no mercado aumentaram”. “E embora isso não seja nada parecido com 2008, não está claro quando esta crise atual terminará”, contou.
Mesmo assim, não está claro se a crise vai reduzir os gastos do consumidor que impulsionam a economia dos EUA, escreveu Dimon. Os riscos que levaram à crise atual estavam “escondidos à vista de todos”, escreveu Dimon, citando a exposição à taxa de juros e o nível de depósitos não garantidos no SVB.
JP Morgan pode valer US$ 1 trilhão até 2030
O JP Morgan, maior banco dos Estados Unidos (EUA) em termos de ativos consolidados, fechou 2022 com US$ 3,2 trilhões nessa linha e, agora, pode alcançar a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado até 2030. Contudo, segundo o portal “NeoFeed”, isso vai depender de como a economia americana vai lidar com a inflação nos próximos anos.
Se atingir a casa de US$ 1 trilhão, o JP Morgan se juntará a um seleto grupo de cinco empresas que possuem tal avaliação em todo o mundo: Apple, Microsoft, Saudi Aramco e Alphabet. Atualmente, o banco está avaliado em US$ 411 bilhões, com suas ações acumulando alta de 4% desde o começo de 2023.
Diante do cenário positivo, o Morgan Stanley elevou o preço-alvo das ações do JP Morgan de US$ 167 para US$ 173, o que pressupõe um upside de 24% em relação aos patamares atuais. A recomendação é de compra.