Executivos da Disney (DISB34) lideraram uma rebelião contra o presidente-executivo Bob Chapek nas últimas semanas, cuja saída foi oficializada nesta segunda-feira (21). Chapek foi substituído por Bob Iger, seu antecessor. As informações são do “Financial Times”.
Após a saída de Chapek, as ações da Disney chegaram a subir 10% nesta segunda-feira, com os investidores apostando que Iger, um dos mais famosos executivos do setor de mídia dos EUA, poderá elevar os ganhos da unidade de streaming da companhia.
Segundo o “Financial Times”, Susan Arnold, presidente do conselho de administração da Disney, contactou Iger poucos meses atrás em busca de conselhos sobre como resolver os problemas da companhia. Logo após essas reuniões, executivos da Disney começaram a abordar o conselho para demonstrar preocupações com a liderança de Chapek.
As mudanças acontecem após a ação da companhia ter caído quase 40% em 2022, ano em que a Disney e outras empresas investem pesadamente para competir no streaming.
Iger, que comandou a Disney por 15 anos antes de sair em 2021, surpreendeu ao concordar em substituir Chapek. O executivo havia escolhido Chapek como seu sucessor. Segundo o “Financial Times”, Iger concordou em ficar por dois anos para ajudar a “estabilizar o barco” e escolher outro sucessor.
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De acordo com seu contrato em 2021, Chapek tem direito de receber estimados US$ 54 milhões em dinheiro e ações na eventualidade de uma rescisão antecipada da Disney.
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Em agosto, o Disney Plus, serviço de streaming da Walt Disney, alcançou a marca de 14,4 milhões de assinantes, elevando o número total de pagantes para 221 milhões, o que colocou a plataforma um pouco à frente da concorrente Netflix (NFLX34).
Mesmo assim, a Disney reduziu sua meta para o número de assinantes em razão da recente perda dos direitos de transmissão de partidas de críquete da Premier League Indiana (IPL, na sigla em inglês). Em vez de 260 milhões de assinantes totais até 2024, a empresa agora prevê que o Disney Plus terá 245 milhões, segundo divulgado por funcionários.
Mas a Disney manteve o objetivo de tornar o Disney Plus lucrativo até 2024. O serviço de streaming teve prejuízo de US$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre fiscal da Disney, mais que o triplo da perda de US$ 293 milhões no mesmo período de 2021.
