No acumulado do ano, o valor de dividendos pagos a acionistas pelas companhias já somam R$ 128,83 bilhões, alta de 31% em relação ao mesmo período de 2023.
Com o pagamento de R$ 18,7 bilhões feito Petrobras (PETR4) na semana passada a título de dividendos obrigatórios e extraordinários, a companhia passou a liderar o ranking como maior pagadora de proventos até então, desembolsando R$ 36,77 bilhões.
Na segunda-feira (27), o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo acha “provável” a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4).
De acordo com o secretário, dos cerca de R$ 14 bilhões a mais projetados para este ano pela equipe econômica para receitas com dividendos em seu relatório bimestral de avaliação fiscal, R$ 13 bilhões dizem respeito a pagamentos que seriam feitos pela estatal.
Até abril, o maior pagador era o Itaú (ITUB4), que neste ano já desembolsou R$ 22,03 bilhões em proventos. Na lista dos maiores pagadores deste ano ainda estão Vale (VALE3), R$ 12,43 bilhões, Itaúsa (ITSA4), R$ 6,71 bilhões, e Santander (SANB11), R$ 4,53 bilhões.
Dividendos e JCP
A relação entre o que é pago como dividendo ou JCP (juros sobre capital próprio) se manteve próxima ao nível do último ano.
Até maio, 36% dos proventos pagos vieram na forma de JCP; no ano passado, no mesmo período, eram 39%, e no ano todo, chegaram a 44%.
Mas a expectativa é que essa relação volte a crescer. De acordo com o fundador da plataforma Meu Dividendo, Wendell Finotti, com as alterações nas regras promovidas pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, “podemos aguardar um aumento no anúncio de pagamento de proventos neste formato ao longo do ano de 2024”.
As mudanças em questão passaram a não permitirque às empresas que realizem o planejamento tributário e distribuam em anos fiscais posteriores JCP referente a exercícios anteriores.