Distribuição de proventos

Dividendos têm alta inesperada de quase 30% no acumulado do ano

O desempenho econômico mais favorável impulsionou os resultados das empresas, levando a um aumento na distribuição de proventos

Foto: CanvaPro
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O pagamento de dividendos em 2024 já alcançou o mesmo patamar que o total distribuído no ano anterior, contrariando as expectativas mais conservadoras do final de 2023.

O desempenho econômico mais favorável impulsionou os resultados das empresas, levando a um aumento significativo na distribuição de proventos.

Mesmo com debates sobre a política de dividendos, a Petrobras manteve uma postura alinhada aos interesses dos acionistas, assegurando a destinação dos valores.

No acumulado de janeiro a setembro, os dividendos pagos aumentaram quase 30% em relação ao ano anterior, apesar da queda no número de empresas pagadoras, devido à estagnação de novas listagens no mercado de capitais.

De acordo com dados da fintech Meu Dividendo, revelados pela reportagem do Valor Econômico,as empresas brasileiras de capital aberto distribuíram R$ 222,18 bilhões em proventos até setembro, incluindo dividendos, JCP (juros sobre capital próprio) e outras formas de remuneração. 

Esse valor supera os R$ 171,8 bilhões pagos no mesmo período de 2023 e está próximo dos R$ 224,2 bilhões pagos durante todo o ano passado.]

Apesar de alta, dividendos ainsa são inferiores frente a 2022

O montante atual, no entanto, ainda permanece com desempenho inferior ao de 2022, quando foram pagos R$ 247 bilhões no mesmo período analisado e R$ 319 bilhões ao longo de todo o ano.

Dificilmente esses números serão atingidos em 2024, devido às condições excepcionais daquele ano, especialmente no caso de duas das principais distribuidoras de dividendos na bolsa brasileira, Petrobras e Vale, que tiveram um papel decisivo no volume de proventos distribuídos.

Embora o valor total tenha aumentado em relação ao ano passado, o número de empresas que pagaram proventos caiu. Entre janeiro e setembro, 189 companhias realizaram distribuições, uma redução de 8% em comparação com as 206 registradas em 2023.

Ainda assim, a maior responsável por esses pagamentos continua sendo a Petrobras, que desembolsou quase R$ 70 bilhões, valor mais que o dobro do segundo maior pagador, o Itaú Unibanco, que distribuiu R$ 27 bilhões no mesmo período.

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