Boa demanda

Dólar à vista recua e fecha a R$ 5,68 após leilão do Tesouro

O real apresentou o segundo melhor desempenho frente ao dólar entre as 33 moedas mais líquidas, ficando atrás somente do peso colombiano

Dólar
Dólar / Foto: Pixabay

O dólar à vista fechou o pregão desta terça-feira (18) em queda, voltando a operar abaixo do nível de R$ 5,70. Gestores de moeda observaram uma grande demanda pelo leilão de NTN-Bs como o gatilho para a valorização do real nesta sessão.

Uma possível compra dos papéis por investidores estrangeiros pode ter reforçado o fluxo de capital para o país. Outro sinal de interesse dos investidores globais pelo Brasil seria a alta demanda por bonds emitidos pelo Tesouro neste pregão. Com esse cenário, o real apresentou o segundo melhor desempenho frente ao dólar entre as 33 moedas mais líquidas, ficando atrás somente do peso colombiano.

Encerradas as negociações no mercado spot, o dólar registrou queda de 0,41%, a R$ 5,6887, no menor patamar desde 7 de novembro de 2024. Na mínima do dia, a moeda chegou a R$ 5,6752 e, na máxima, a R$ 5,7238. Já o euro comercial exibiu depreciação de 0,77%, a R$ 5,9409, atingindo o menor patamar em sete meses, como apontou o Valor.

BC vende US$ 3 bi em leilão de linha; dólar cai

BC (Banco Central) vendeu na manhã dessa terça-feira (18) US$3 bilhões em um leilão de linha. O evento marcou a terceira intervenção do presidente Gabriel Galipolo, no câmbio.

A operação ocorreu das 10h30 (horário de Brasília) às 10h35 e tem data de recompra marcada para dois de outubro de 2025. O BC aceitou cinco propostas com uma taxa de recorte de 5,411%.

A operação havia sido anunciada na véspera e tem como objetivo rolar outra operação de linha, realizada em16 de dezembro de 2024. No episódio, a autarquia vendeu US$3 bilhões ao mercado com compromisso de recompra em seis de março deste ano.

Relembre outros leilões

Em 20 de janeiro, na primeira intervenção do ano sob Galipolo, o BC vendeu um total de R$2 bilhões em dois leilões de linha. A operação foi realizada no mesmo dia da posse do presidente dos EUA, Donald Trump.

No dia 29 de janeiro, a instituição vendeu outros US$ 2 bilhões, desta vez para rolagem de um vencimento em quatro de fevereiro.