Câmbio

Dólar acelera queda para R$ 5,45 após o Fed cortar juros nos EUA

O Fed cortou a taxa de juros dos EUA em 0,50 p.p. e disse ver espaço para outro corte nesse ritmo até o final do ano; o dólar reagiu mal

Foto: Canva / dólar
Foto: Canva / dólar

Após o Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, cortar a taxa de juros do país em 0,50% p.p., levando a taxa à faixa de 4,75% a 5% ao ano, o dólar comercial intensificou a baixa nesta quarta-feira (18).

O dólar chegou, por volta das 15h08 (horário de Brasília), a cair cerca de 0,66%, a R$ 5,45 na compra e na venda.

A autoridade monetária do país norte-americano destacou, em seu comunicado, que vê espaço para mais 0,5 ponto de cortes nos juros até o final deste ano.

O dólar já vinha em baixa frente ao real nesta sessão, devido à expectativa de maior atração de recursos financeiros ao Brasil com a combinação entre a provável alta da Selic (taxa básica de juros brasileira) e corte de taxas nos EUA.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) se reunirá mais tarde, às 18h30, para decidir sobre a trajetória da Selic, que atualmente está em 10,5%. O consendo do mercado espera uma elevação de 0,25 ponto percentual, para 10,75%.

BTG (BPAC11) acredita que dólar pode superar R$ 6,00 no cenário atual

BTG Pactual (BPAC11) passou a incorporar em seu cenário uma taxa de câmbio mais depreciada em 2024 e 2025. A perspectiva surge em meio a um cenário de queda nos preços das commodities e incertezas em relação à situação fiscal no Brasil.

Além de prever uma depreciação, o BTG Pactual (BPAC11) alertou para a necessidade de um compromisso maior com a sustentabilidade da dívida pública.

“A implementação de medidas que contornem o Orçamento ou a perda de revisão da política monetária pode levar o dólar a ultrapassar R$ 6,00”, afirmou a instituição, de acordo com o “Valor “.

Por outro lado, no cenário central, o BTG trabalha com o dólar a R$ 5,50 no final deste ano, uma elevação em relação à estimativa anterior, que era de R$ 5,40.

“Ações concretas que reforçam o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal podem levar o câmbio a patamares mais apreciados, chegando a R$ 5,20 por dólar”, indicou a economista Iana Ferrão, responsável pelo setor externo do banco.

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