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Dólar cai a R$ 5,89 com declarações de Trump sobre a China

Trump afirmou que acredita ser possível firmar um acordo comercial com a China, o que fez o dólar derreter pela 5ª sessão seguida

Foto: Getty Images / real e dólar
Foto: Getty Images / real e dólar

O dólar comercial enfrenta uma queda de 0,54%, a R$ 5,89 por volta das 15h08 desta sexta-feira (24), acompanhando a desvalorização global da moeda. O movimento vem em resposta às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que preferia não ter que impor tarifas sobre a China, mesmo afirmando que as taxas lhe dão um “enorme poder” sobre o país asiático.

Além disso, Trump afirmou que acredita ser possível firmar um acordo comercial com a China e que teve “uma boa conversa” com Xi Jinping, presidente da China. 

Mao Ning, porta-voz do ministério do exterior chinês, respondeu em entrevista nesta sexta-feira, que a cooperação comercial e econômica entre China e Estados Unidos “é mutuamente benéfica e vantajosa para todos”, segundo o “O Globo”.

“A China nunca buscou deliberadamente um superávit comercial com os EUA. Apesar das diferenças e atritos, os dois países têm enormes interesses comuns e espaço para cooperação, e é aí que ambos os lados podem fortalecer o diálogo e as consultas”, disse Ning.

Em meio às declarações de ambos os lados, o dólar está cedendo pelo quinto pregão consecutivo frente ao real, além de afetar a moeda americana frente, em especial, às divisas emergentes.

Rui Costa: nível do dólar não reflete economia e deverá baixar

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reiterou sua visão de que o governo poderá fazer novos ajustes para cumprir o arcabouço fiscal, se for necessário. Além disso, em declaração a jornalistas nesta segunda-feira (20), ele também afirmou que o atual patamar do dólar não reflete a economia brasileira e que deverá baixar.

Para o chefe da Casa Civil, a responsabilidade fiscal não é de “ministro A ou ministro B”, mas de Lula e do governo. Ele declarou que, no momento, não há estudos em andamento sobre o tema.

“O compromisso fiscal não é do ministro A ou B. É do presidente e do governo. No ano passado, bloqueamos R$ 20 bi em investimentos. Muitos artigos colocavam em dúvida se o governo iria ser determinado e fazer cortes para garantir. Não estou falando de previsão, mas fatos”, disse Rui Costa.

As declarações de Rui Costa ocorreram logo após a primeira reunião ministerial convocada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva em 2025. 

“O que for necessário fazer, em qualquer momento, para se garantir o equilíbrio das contas públicas e o arcabouço fiscal será feito. Não terá anúncio antecipado ou estudo em andamento. Mas tudo que precisar ser feito para cumprir o equilíbrio será feito, a qualquer tempo”, declarou o ministro.

Rui Costa também destacou que o que a realidade “vai mostrando é que o dólar vai caindo”, mas não na velocidade com que subiu.