O dólar à vista teve uma forte virada na sessão desta quarta-feira (9), pouco antes da ata do Fed (Federal Reserve). Por volta das 15h12 (horário de Brasília), a moeda estrangeira cai 2,37%, a R$ 5,87, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas para os países, exceto para a China.
Anteriormente, o dólar vinha expressando forte valorização e já tinha voltado a superar o patamar dos R$ 6. Isto por conta dos desdobramentos da guerra comercial entre os EUA e a China.
No começo desta sessão, o país asiático anunciou novas tarifas de 84% sobre os produtos importados dos EUA, em retaliação às tarifas de 104% aplicadas por Trump na sessão da véspera.
Na semana passada, Trump anunciou tarifas recíprocas para os produtos de uma série de parceiros comerciais, que entraram em vigor nesta quarta-feira.
Real é a moeda que mais perde contra o dólar com a guerra comercial
Após a Casa Branca ter confirmado que os EUA irão impor novas tarifas de 104% sobre os produtos importados da China, o real performa como a moeda que mais perde valor no mundo contra o dólar na tarde desta terça-feira (8).
Por volta das 15h40 (horário de Brasília), a divisa brasileira perdia 1,20% ante a divisa norte-americana, cotada a R$ 5,98. Mais cedo, a moeda bateu a cotação psicológica de R$ 6.
Além do real, a lista de maiores perdas frente ao dólar é formada pelos pares latino americanos. O peso chileno aparece na sequência, com queda de 1,04%, quando a divisa da Colômbia recuava 1% contra o dólar.
A decisão dos EUA em aplicar novas tarifas de 50% sobre a China, que somadas às anteriores chegam a 104%, veio após o país asiático não ter recuado na retaliação às taxas anteriores (de 34%), quando também decidiu taxar os produtos importados dos EUA em 34%.