Crédito do Brasil na mira

Dólar desvaloriza fortemente a R$ 5,11 por postura do Fed

Moeda oscilou e encostou nos R$ 5,16, mas caiu

Foto: Unsplash / dólar
Foto: Unsplash / dólar

Na sessão desta quinta-feira (2) o dólar expressou forte queda frente à moeda brasileira, encerrando com desvalorização de 1,53%, a R$ 5,11. Ao londo das negociações, a moeda oscilou entre os R$ 5,10 e R$ 5,16.

O resultado veio após a decisão do Fed (Federal Reserve), na quarta-feira (1), de manter a taxa de juros em 5,25% a 5,5% ao ano. Isto, somado à declaração de Jerome Powell, presidente da instituição, negando uma alta dos juros, mostrou uma postura mais amena para a política monetária dos EUA.

Dessa forma, de acordo com o “Valor Investe”, a depreciação global da divisa norte-americana ganhou margem. Além disso, a perspectiva de aumento do rating de crédito do Brasil pela Moody’s ajudou o Real a valorizar.

“Apesar de apresentar alta em alguns momentos, o dólar tem registrado quedas nos últimos dias”, afirmou Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank.

“O mercado de valores é volátil e está sujeito a interferências diretas de eventos globais, como a guerra na Ucrânia, que tem impactado as negociações devido às sanções impostas à Rússia como represálias pela invasão”, disse.

Dólar: semanas consecutivas de ganhos foi interrompida

Na sessão da sexta-feira (26), o dólar também teve encerrou com forte queda ante o real, interrompendo os ganhos que vinha expressando durante as semanas anteriores. A moeda comercial à vista encerrou as negociações com queda de 0,93%, a R$ 5,12.

Isto pois os dados inflacionários dos EUA foram dentro do esperado e derrubaram os rendimentos dos Treasuries. O patamar negativo alcançado nesta sexta-feira foi o maior da semana, que também acumulou perdas de 1,58%.

Anteriormente, a moeda norte-americana vinha de uma sequência de quatro semanas consecutivas com forte valorização.

No mês de abril, porém, o dólar teve ganhos expressivos, com alta de  3,66%. Referente à queda semanal, Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital vê como indicações de uma recuperação do mercado brasileiro.