O dólar fechou a quinta-feira (28) custando R$ 4,924, o que representa queda de 0,46% em relação ao último fechamento, na quarta-feira. Durante o pregão, a divisa chegou a bater os R$ 5,04, mas recuou no período da tarde.
O dia foi marcado pela divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano. O BEA (Bureau of Economic Analysis), órgão ligado ao departamento de comércio dos EUA, indicou que o PIB da maior economia do mundo recuou 1,4% no primeiro trimestre do ano na comparação com o último trimestre, quando teve alta de 6,9%.
O resultado do PIB norte-americano esperado pelo consenso Refinitiv era de alta de 1,1%. O BEA informou que “o aumento nos casos de covid-19 relacionados à variante Ômicron resultou em contínuas restrições e interrupções nas operações de estabelecimentos em algumas partes do país”. O setor de exportações também foi afetado devido à guerra na Ucrânia e às sanções impostas contra a Rússia.
Além disso, as medidas sanitárias na China para conter os surtos de covid-19 continuam a trazer insegurança aos investidores. As autoridades chinesas decidiram, nesta quinta-feira, fechar todas as escolas de Pequim, que não possuem data para reabrir. Enquanto isso, a opção de lockdown na capital não está descartada.
No Brasil, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), que subiu 1,41% em abril. O índice cumula alta de 14,66% nos últimos 12 meses. O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), divulgado na quarta-feira, acelerou 1,73% em abril. As projeções da inflação também avançaram no último relatório Focus, indicando que o governo deve aumentar a taxa básica de juros no País.
Na quarta-feira (27), o dólar já havia fechado em queda de 0,45%, cotado a R$ 4,96. Também influencia no desempenho do câmbio a formação da taxa Ptax de fim de mês, que será divulgada na próxima sexta-feira (29).