O dólar fechou a quinta-feira (14) em leve alta, de 0,13% em relação à sessão anterior, negociado a R$ 4,6959. Foi o segundo dia em alta após sessões sucessivas de queda. A moeda acumula baixa de 1,48% na parcial do mês e 15,68% no ano.
A queda do dólar reflete as decisões tomadas pelos principais bancos centrais do mundo. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os planos de reduzir lentamente o estímulo, mantendo a taxa de juros inalterada. Já os EUA devem aumentar a taxa básica de juros em 0,5%, de acordo com John Williams, presidente do Fed (Federal Reserve). O banco central norte-americano já tinha anunciado que vai passar a adotar medidas mais agressivas para combater a inflação no país.
No Brasil, repercutiu a notícia de que o governo irá conceder um reajuste de 5% a todos os servidores públicos federais a partir de 1º de julho. A medida do governo, anunciada na noite de quarta-feira, busca debelar paralisações que já afetam órgãos públicos, como o BC (Banco Central), além de ser uma manobra antes das eleições presidenciais deste ano.
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No entanto, o reajuste no salários dos servidores públicos está estimado em cerca de R$ 6 bilhões em 2022, bem acima dos R$ 1,7 bilhões que seriam inicialmente utilizados para custear o aumento dos salários apenas da categoria de segurança pública. Dessa forma, outras áreas devem acabar sofrendo cortes de verbas.
Além disso, o mercado reflete as mudanças na Petrobras (PETR3;PETR4), que aprovou o nome de José Mauro Ferreira Coelho como novo presidente da companhia. A Assembleia Geral votou na quarta-feira (13) a aprovação do executivo como elegível para o cargo. Com a notícia, as ações da estatal dispararam.
Durante o dia, o dólar variou entre R$ 4,6889 e R$ 4,7414. O Ibovespa fechou o dia em queda, aos 115.823 pontos. O feriado da sexta-feira Santa também influenciou no desempenho do índice e do câmbio, uma vez que os mercados permanecem fechados no feriado, gerando redução da liquidez.
