O dólar à vista encerrou a primeira sessão de 2025 com leve queda nesta quinta-feira (2), em um movimento de ajustes técnicos. A alta nos preços do petróleo compensou a força da divisa norte-americana no exterior, em meio a novos sinais de resiliência do mercado de trabalho dos EUA.
Com isso, o dólar à vista fechou com recuo de 0,22%, a R$ 6,1651.
No início do pregão, a moeda chegou a acumular ganhos frente ao real, à medida que os investidores renovaram os receios sobre o cenário fiscal brasileiro e reagiram à força do dólar no exterior, impulsionada pelos novos dados econômicos dos EUA.
O Departamento de Trabalho dos EUA informou que os pedidos de seguro-desemprego registraram uma queda inesperada na última semana, atingindo 211 mil — ante 220 mil na semana anterior.
O resultado reforçou a percepção de que o mercado de trabalho norte-americano, embora desacelere gradualmente, segue resiliente. O número de demissões permanece baixo, com empregadores buscando manter os funcionários contratados após a pandemia de Covid-19, conforme apontou o “InfoMoney”.
Dólar atinge maior valor com perspectivas de crescimento dos EUA
O dólar atingiu seu nível mais alto desde novembro de 2022 nesta quinta-feira, 2 de janeiro de 2025, no primeiro dia de negociações do ano. Esse movimento reflete as expectativas de que o crescimento econômico dos Estados Unidos supere o de outras economias, mantendo as taxas de juros do Federal Reserve (Fed) elevadas, segundo a agência de notícias Reuters.
Em dezembro, o Fed indicou que adotará uma abordagem cautelosa na redução das taxas de juros, citando a inflação ainda acima da meta de 2% e uma economia robusta. Além disso, as políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, são vistas como potencialmente impulsionadoras do crescimento econômico, podendo aumentar as pressões inflacionárias.
Adam Button, analista-chefe de moedas da ForexLive, destacou que, em termos de crescimento econômico para 2025, o dólar não enfrenta concorrentes. Ele observou que os fluxos de capital no início do ano favorecem os mercados acionários dos EUA, que têm superado outros mercados globais.