Dólar opera em alta , com tensões na China e aperto monetário nos EUA

Por volta das 15h00 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 1,90%, cotada a R$ 4,96

O dólar comercial opera em alta na tarde desta terça-feira (26), próximo da marca de R$5, com a moeda brasileira liderando as perdas entre as principais divisas globais da sessão. 

Por volta das 15h00 (de Brasília), o dólar valorizava 1,90%, sendo negociado a R$ 4,96 no mercado. 

Nos últimos dias, os mercados globais têm sido guiados por preocupações com os impactos das restrições sanitárias anti covid na China e por apostas de uma alta maior dos juros nos EUA, considerando a disparada da inflação em todo o mundo.

Na Ásia, o cenário segue pessimista. Com operações sem grande consistência, as atenções dos acionistas da região seguem para a recuperação da queda do último fechamento, ocasionado pelo possível lockdown na China.

O governo de Pequim anunciou na última segunda-feira (25) que expandirá os testes de Covid-19 para outros 10 distritos, medida necessária por conta do aumento de casos na região.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta terça-feira (26) para riscos ‘estagflacionários’ na Ásia, dizendo que a guerra na Ucrânia, o aumento nos custos das commodities e uma desaceleração na China criam incerteza significativa.

Ao longo da semana, além da covid-19 na China, o mercado segue atento aos dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que devem ser divulgados na quinta-feira (28); e da zona do euro, a serem anunciados na sexta-feira (29).

Nos EUA, grandes bancos já cogitam até duas altas de 75 pontos base na taxa básica de juros em junho e julho, como forma de conter a disparada da inflação. O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell, declarou na quinta-feira (21) que um aumento de meio ponto percentual na taxa básica “está sobre a mesa” na próxima reunião, prevista para o início de maio.

No cenário doméstico, o Banco Central voltou a divulgar nesta semana, as estimativas do mercado financeiro para os indicadores da economia, após um mês parado em decorrência da greve dos servidores.

A projeção dos economistas dos bancos para a inflação de 2022 passou de 6,86%, no fim de março, para 7,65%. Já a projeção para a taxa de câmbio para o fim deste ano recuou de R$ 5,25 para R$ 5.

Na segunda-feira (25) o dólar fechou em alta de 1,44%, a R$ 4,87. O resultado representa uma alta acumulada de 2,44% na parcial do mês de abril. No ano, a moeda norte-americana registra queda de 12,54% frente ao real.

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