O dólar comercial opera em baixa na tarde desta terça-feira (3), véspera das decisões monetárias dos EUA e do provável aumento da taxa de juros no Brasil. Por volta das 15h00 (de Brasília), a moeda norte-americana desvalorizava 2,28%, sendo negociada a R$ 4,96 no mercado.
Após superar o patamar de R$ 5 na segunda-feira (2), o dólar volta a cair, em meio às apostas de uma alta mais agressiva na taxa de juros dos EUA como medida para conter a inflação no país. Nesse contexto, investidores aguardam a próxima decisão monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) que será anunciada na quarta-feira (4). A expectativa é de um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, o que representa uma alta para o intervalo de 0,75% a 1%.
No exterior, os mercados globais seguem apreensivos com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Potenciais sanções econômicas contra Moscou são esperadas em meio ao conflito que já dura mais de dois meses.
Na semana passada, a tensão aumentou quando Moscou suspendeu o fornecimento de gás para a Bulgária e a Polônia, fonte de energia essencial para a União Europeia. As duas nações não efetuaram o pagamento do combustível em rublo, conforme a exigência do governo russo para os países que apoiaram as sanções econômicas contra o país.
No contexto doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na manhã desta terça-feira (3) o resultado da produção industrial. Conforme os dados, o índice cresceu 0,3% em março, permanecendo abaixo do patamar pré-pandemia.
Além disso, também na quarta-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar a nova cotação da taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira. Atualmente, a Selic se encontra em 11,75%, e a expectativa é de elevação para 12,75%.
Na segunda-feira (2), o dólar fechou em alta de a R$ 5,07, a maior cotação desde 16 de março deste ano. O resultado representa uma queda acumulada de 9,04% no ano frente ao real.