O dólar comercial opera em queda na tarde desta terça-feira (12), mantendo-se abaixo de R$ 4,70. Por volta das 15h00 (de Brasília), a moeda norte-americana recuava 0,26%, sendo negociado a R$ 4,68 no mercado.
A baixa do dólar ocorre no contexto em que investidores avaliam as possíveis consequências diante dos dados de inflação dos EUA. Considerada acima do esperado nas expectativas do mercado, a inflação registrou alta de 8,5% no mês de março, o maior avanço desde dezembro de 1981. Tal condição estimula apostas de maiores aumentos na taxa de juros norte-americana.
Além disso, conforme relatório do Departamento do Trabalho, divulgado nesta terça-feira (12), o índice de preços ao consumidor dos EUA saltou 1,2% no mês passado, registrando a maior alta mensal desde setembro de 2005.
Ainda nesta tarde, os preços do petróleo subiam em meio ao clima de esperança do mercado com um possível alívio nas medidas restritivas em algumas áreas de Xangai. Por outro lado, entra no radar dos investidores o alerta da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) quanto às consequências da guerra na Ucrânia. A entidade comentou que seria impossível substituir as prováveis perdas de oferta da Rússia.
O destaque do mercado brasileiro é a divulgação do resultado de serviços, divulgado nesta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a instituição, o setor recuou 0,2% no mês de fevereiro. O dado representa uma queda acumulada de 2% no ano.
No mercado financeiro, investidores seguem acompanhando a trajetória dos juros no País e os próximos passos do Banco Central, após o resultado acima do esperado do IPCA (Índice de Preços no Consumidor) para o mês de março.
A queda do dólar segue a tendência observada no fechamento de ontem. Na segunda-feira (11), a moeda norte-americana fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 4,68. O resultado representa uma baixa acumulada de 1,46% na parcial do mês. No ano, registra uma queda de 15,87% frente ao real.