O dólar opera em queda na manhã desta terça-feira (11). Às 10h09 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrou retração de 1,35%, vendida a R$ 4,646. O dólar fechou em queda de 0,39% com cotação de R$ 4,690 na última segunda-feira (11).
Os investidores estão preocupados após a divulgação do CPI, índice de preços ao consumidor, do mês de março nos EUA. A inflação ao consumidor subiu para 8,5% nos 12 meses encerrados em março, a maior alta desde 1981. Apenas no mês de março, os preços subiram em média 1,2%, maior patamar desde 2005.
O mercado também acompanha o início da temporada de balanços dos principais bancos dos EUA, que começou na última segunda-feira (11). JP Morgan, Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley estão entre as principais empresas que divulgam resultados.
A publicação dos dados da inflação na China no último domingo (10) seguem repercutindo negativamente.O índice de preços ao produtor (PPI) do país asiático subiu 8,3% na comparação anual com o mês de março. Os dados vieram acima do esperado pelos investidores e também mostraram uma desaceleração dos números frente aos 8,8% registrados em fevereiro.
No cenário nacional, a apreensão toma conta dos investidores após declarações recentes do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de que os dados do IPCA (Índice Nacional do Consumidor Amplo), que foram publicados na última sexta-feira (8) foram uma surpresa. O indicador registrou alta de 1,62% em março, maior taxa para este mês desde 1994. A tendência é de aumento da taxa Selic para o controle da inflação no Brasil.
Os investidores também ficam atentos a novas sanções econômicas contra a Rússia, que também impacta no dólar. As potências ocidentais devem anunciar novas formas de apoio à Ucrânia em meio a guerra contra a Rússia no Leste Europeu.