O dólar comercial passou a operar com instabilidade na tarde desta quarta-feira (27), depois de superar o patamar de R$ 5. Por volta das 15h00 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 1,21%, sendo negociado a R$ 4,93 no mercado. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,04.
No exterior, o dólar opera em meio às expectativas do mercado global. O investidor se mantém apreensivo com os impactos das restrições sanitárias na China, considerando o aumento de infectados por Covid-19.
Os investidores demonstraram certo alívio após a divulgação de dados relacionados ao lucro das empresas industriais chinesas. De acordo com dados publicados pelo NBS (Escritório Nacional de Estatísticas), as receitas das companhias subiram 10,6% em março, na comparação com o mesmo mês de 2021, marcando aceleração em relação ao avanço de 5,0% apurado no período de janeiro a fevereiro.
Apesar disso, a China ainda não conseguiu controlar o surto de Covid-19 no país, e um lockdown na capital Pequim ainda não está descartado.
Investidores também monitoram os impactos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia, com a expectativa de novas retaliações contra os russos. Moscou anunciou nesta quarta-feira (27) que suspendeu o fornecimento de gás para Bulgária e Polônia, países membros da UE (União Europeia) e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
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No contexto doméstico, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,73% em abril. O índice é considerado uma prévia da inflação oficial do país. Tal estimativa representa a maior taxa para o mês desde 1995, quando ficou em 1,95%. Apesar disso, o indicador veio menor do que o esperado pelo mercado.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 12,03%. Na parcial do ano, os preços subiram 4,31%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a gasolina foi a principal responsável pela alta da inflação em abril, com alta de 7,51%. Dessa forma, os grupos de Transportes e Alimentação e bebidas apresentaram as maiores altas.
Na terça-feira (26), o dólar fechou em alta de 2,35%, cotado a R$ 4,99. Esse foi o maior valor de fechamento desde 18 de março, quando chegou a R$ 5,01. O resultado representa uma alta acumulada de 4,85% no mês de abril. No ano, a moeda norte-americana mantém queda de 10,49% frente ao real.
