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O mercado de câmbio tem causado surpresas desde a última semana, com o dólar fechando repetidamente em queda. Nesta sessão, a moeda estrangeira opera com recuo de 0,82%, a R$ 5,86, por volta das 14h25 (horário de Brasília) um nível de cotação que não alcançava desde o dia 27 de novembro.
O dólar tem sentido nos últimos dias o efeito das incertezas do mercado financeiro quanto às políticas tarifárias de Donald Trump.
O novo presidente dos EUA tomou posse na última segunda-feira (20), mas ainda não impôs as temidas tarifas de importação em níveis expressivos, que vinha prometendo desde a campanha eleitoral.
Além disso, desde a sessão da véspera, incide sobre o dólar um outro fator que abalou os principais índices acionários dos EUA: o lançamento e popularização da DeepSeek.
A nova plataforma de assistência com IA (inteligência artificial) chinesa provocou a liquidação em massa das ações das bigtechs, o que causou perdas profundas ao Nasdaq e ao S&P 500 na segunda-feira (27).
A razão da comoção é que o modelo de IA da empresa utiliza menos custos, o que tem feito os investidores ponderarem sobre a suposta dominância das empresas ocidentais no setor.
Dólar abaixo de R$ 6: como se beneficiar a curto prazo?
Com o dólar recentemente abaixo de R$ 6, tocando o patamar registrado pela última vez em novembro de 2024, a R$ 5,88, o mercado tem atraído atenção tanto de investidores experientes quanto de iniciantes.
Em meio a leitura do cenário macroeconômico carregada de incertezas, especialistas ouvidos pelo BP Money avaliam que a queda do dólar oferece uma gama de oportunidades, mas é necessário agir com cautela, já que os fatores econômicos e políticos podem mudar rapidamente.
A volatilidade no câmbio, somada às dinâmicas internas e externas, pode influenciar diretamente essas oportunidades, e os investidores precisam estar preparados para ajustar suas estratégias conforme o cenário evolui.
Elson Gusmão, diretor de operações da Ourominas, destaca que o impacto do dólar abaixo de R$ 6 dependerá da estratégia e do perfil de risco de cada investidor. Ele explica que, para aqueles dispostos a aproveitar o momento, há várias opções interessantes.
“Entre as oportunidades estão a compra de moeda estrangeira para guardar e esperar uma valorização futura, a aquisição de ativos em mercados internacionais e a importação de produtos a custos mais baixos”, afirma Gusmão.
O especialista também aponta que viagens internacionais podem se tornar mais acessíveis, já que o dólar mais barato pode representar uma economia substancial.
Para investidores com maior apetite por risco, os contratos futuros de dólar se apresentam como uma alternativa.
Neste mercado, é possível operar apostando na alta ou queda do dólar, o que oferece grandes possibilidades de retorno, mas também com risco elevado.