O dólar fechou em baixa nesta quarta-feira (20), recuando 1,02%, a R$ 4,6198 na compra e na venda. Durante o pregão, a divisa variou entre R$ 4,6106 e R$ 4,6811. A queda da moeda na comparação com o real acontece em dia de divulgação do “Livro Bege” pelo FED (Federal Reserve, o banco central norte-americana)
Nesta véspera do feriado de Tiradentes, o mercado repercutiu as informações do “Livro Bege”, resumo das condições econômicas atuais dos EUA. O documento mostrou que a economia norte-americana expandiu moderadamente entre fevereiro e abril, com sólida atividade industrial na maioria dos distritos. No entanto, foram registrados atrasos na cadeia de suprimentos, intensificados com os recentes bloqueios na China para impedir a propagação da covid-19 no país.
Além disso, o documento aponta picos nos preços de energia, metais e commodities agrícolas após a invasão da Rússia à Ucrânia. Dessa forma, a inflação continua a preocupar a autoridade monetária, pois a demanda segue superando a oferta. O conteúdo do “Livro bege” deve pautar a próxima reunião do FED, marcada para os dias 3 e 4 de maio, para definir ajustes na taxa de juros,.
Notícias Relacionadas
Neste contexto, os rendimentos dos títulos dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) caíram nesta quarta-feira. Consequentemente, dólar recuou frente a maioria das principais moedas globais. Já o real apresentou valorização, uma vez que moedas de outros países emergentes tiveram desempenho fraco, como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano.
O euro também cai e fecha o dia valendo R$ 5,01. Ainda no exterior, o Banco Central chinês decidiu manter inalteradas as taxas referenciais de empréstimos de um e cinco anos. Os mercados seguem acompanhando a guerra na Ucrânia, pois a Rússia intensificou os ataques no leste do país.
No cenário nacional, influenciaram na cotação do dólar o processo de privatização da Eletrobras (ELET3), após o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Vital do Rego, afirmar que vai pedir 60 dias para analisar o processo de privatização da companhia. Por fim, repercutiram as notícias de que os servidores do Banco Central irão suspender a greve por duas semanas, em uma tentativa de avançar nas tratativas de reajuste salarial e reestruturação de carreiras.
