Dólar segue em alta, com temores de restrição sanitária na China

Por volta das 15h00 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 1,84%, cotada a R$ 4,88

O dólar comercial opera em alta na tarde desta segunda-feira (25), com a atenção do mercado voltada para as restrições anti covid na China e as apostas de uma alta maior dos juros nos EUA. Por volta das 15h00 (de Brasília), a moeda norte-americana valorizava 1,84%, sendo negociado a R$ 4,88 no mercado. 

No exterior, o dólar opera em meio às expectativas do mercado global. O investidor se mantém apreensivo com os impactos das restrições sanitárias na China, considerando o aumento de infectados por Covid-19.

Xangai segue na sua quinta semana de lockdown, e autoridades chinesas avaliam o fechamento também de Pequim. Com isso, as bolsas da China registraram a maior queda desde fevereiro de 2020. 

Nos EUA, grandes bancos já cogitam até duas altas de 75 pontos base na taxa básica de juros em junho e julho, como forma de conter a disparada da inflação. O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell, declarou na quinta-feira (21) que um aumento de meio ponto percentual na taxa básica “está sobre a mesa” na próxima reunião, prevista para o início de maio.

A temporada de balanços corporativos das empresas dos EUA segue nesta segunda-feira (25) com destaque para empresas de tecnologia como Meta (FBOK34) , Apple (AAPL34) , Microsoft (MSFT34) e Amazon (AMZO34).

No último domingo (24), as eleições francesas foram decididas com a reeleição do atual presidente Emmanuel Macron. Ele derrotou a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen. Macron teve 58,5% dos votos e é o primeiro presidente da França a ser reeleito em mais de vinte anos.

Por aqui, o foco segue nos próximos passos do Banco Central após declaração do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Segundo Neto, o Copom estará pronto para ajustar o tamanho de seu ciclo de aperto no caso de choques inflacionários maiores ou mais persistentes do que o esperado. A Selic está atualmente no patamar de 11,75%.

Na última sexta-feira (22) o dólar teve alta de 4%, a maior valorização em dois anos. A moeda norte-americana fechou a semana passada cotada a R$ 4,80. Foi o maior avanço diário desde março de 2020, início da pandemia da Covid-19. O resultado representa uma alta acumulada de 0,99% na parcial do mês de abril. No ano, a moeda norte-americana registra queda de 13,79% frente ao real.