Câmbio

Dólar sobe mais de 1% após dados econômicos dos EUA

O PIB dos EUA cresceu 3,0% no segundo trimestre de 2024, resultado foi acima do esperado que impulsionou a alta do dólar

Foto: CanvaPro/Dólar
Foto: CanvaPro/Dólar

O dólar comercial fechou a sessão desta quinta-feira (29) com alta de 1,12%, aos R$ 5,62. A moeda norte-americana ganhou força com a divulgação de novos dados do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA.

O indicador econômico cresceu 3,0% no segundo trimestre de 2024, conforme o Departamento do Comércio. O resultado foi acima do esperado pelo consenso do mercado, que projetava alta de 2,8%, seguindo o relatório previo do governo dos EUA.

O dólar se fortaleceu ao passo que o movimento econômico reforça a tese de que o Fed (Federal Reserve), Banco Central do país, reduzirá a taxa de juros em apenas 0,25 pontos-base em setembro, e não de 50 pontos-base. 

Dada a perspectiva de um afrouxamento menos intenso, os rendimentos dos Treasuries – títulos do Tesouro dos EUA – cresceram, tornando o dólar mais atraente no exterior, segundo a “Reuters”.

Outro dado divulgado foi o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que mostrou queda na semana encerrada em 24 de agosto, para 231.000. O número havia sido revisado na semana anterior, quando mostrou 233.000 pedidos. O novo dado veio abaixo do esperado pelos analistas de 232.000.

Os números reforçam o argumento de que a economia norte-americana segue fortalecida e que o mercado de trabalho, mesmo sob um processo gradual de esfriamento, não está à caminho de um colapso total, temor que tomou conta dos mercados globais no início do mês.

Alta flutuação do dólar é ‘problema essencialmente político’, diz especialista

Nos últimos dias, o mercado cambial brasileiro tem vivido uma montanha-russa de variações, refletindo um cenário de incertezas tanto no âmbito interno quanto externo. Na última quinta-feira (22), o dólar atingiu o maior patamar do ano e, no dia seguinte, viu sua cotação recuar significativamente, com uma queda de 1,97%. 

Esse movimento brusco tem sido pauta de discussão entre economistas e especialistas, que buscam entender as raízes dessa alta volatilidade e seus desdobramentos para a economia brasileira.

Em entrevista ao BP Money, Luiz Guardieiro, Diretor de Receita da Portão 3, atribui essa valorização à diferença de juros entre Brasil e EUA, além das incertezas econômicas internas, como questões fiscais e políticas. 

O especialista ressalta que, em um cenário de dúvidas sobre a estabilidade econômica do Brasil, os investidores demandam um prêmio de risco maior, o que desvaloriza o real e valoriza o dólar.

Pessoa, por outro lado, enfatiza que o problema é essencialmente político. Segundo ele, o mercado antecipa a desvalorização futura do real devido ao desequilíbrio das contas públicas brasileiras. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile