Câmbio

Dólar sobe mais de 1% e supera os R$ 5,70 após Copom

A moeda chega a R$ 5,73 na tarde desta quinta-feira (01), após a manutenção da taxa de juros interna e externa

Foto: Unsplash / dólar
Foto: Unsplash / dólar

Na sessão desta quinta-feira (01), o dólar sobe fortemente a 1,38% a R$ 5,73, por volta das 15h40 (horário de Brasília). A moeda está expandindo os ganhos da véspera,  ampliando os ganhos da véspera em repercussão das decisões sobre as políticas monetárias nacional e externa, divulgada na quarta-feira (31).

Os comitês dos Bancos Centrais do Brasil e dos EUA se reuniram para decidir sobre o juros de seus respectivos países, ambos optando pela manutenção das taxas básicas.

Especialistas analisaram que o tom do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) foi “hawkish” e abriu preocupações para uma possível alta da Selic (taxa básica de juros), dependendo dos dados econômicos.

Em seu comunicado, o Copom apontou algumas questões a observar, entre elas a desvalorização do real frente ao dólar.

“Essa questão cambial foi expressamente mencionada no comunicado e como um fator inflacionário assim como também como um fator que altera a expectativa de inflação”, disse Luiz Rogé, sócio da Matriz Capital Asset.

“Por conta disso, o Banco Central irá monitorar o comportamento dessas variáveis, o câmbio, para então determinar juntamente, com todas as outras variáveis que normalmente acompanham, as próximas decisões de política monetária nas próximas reuniões do Copom”, afirmou.

Ibovespa sobe ‘day after’ de Copom e Fed; dólar sobe

A apreensão dos investidores em relação ao vigor da economia global, após a divulgação de dados fracos de atividade e emprego nos EUA, desencadeou um movimento de aversão ao risco nos principais mercados globais, afetando o desempenho das moedas de países emergentes. 

Esse movimento ocorre enquanto os investidores locais também consideram o tom mais suave do que o esperado no comunicado recente do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

O avanço do principal índice da bolsa brasileira foi impulsionado por investidores em busca de ações descontadas, apesar da pressão no câmbio. 

Na primeira quinzena de julho, o Ibovespa subiu por 11 dias consecutivos, marcando a segunda maior sequência de ganhos já registrada, o que contribuiu para o desempenho positivo do mês.