4ª queda seguida

Dólar tem tombo expressivo de 1,06% com volta do apetite ao risco

O apetite por ativos de risco aumentou, após novos dados econômicos, o que favoreceu moedas emergentes como o real

Foto: Pexels / Dólar
Foto: Pexels / Dólar

O começo de semana conturbado no mercado levou o dólar a patamares próximos dos R$ 5,80. Isto por conta do receito de recessão nos EUA, porém, o cenário se acalmou e após bons sinais de indicadores econômicos norte-americanos e brasileiros a moeda caiu 1,06%, a R$ 5,51 nesta sexta-feira (9).

No acumulado da semana o dólar caiu 3,43% com a recuperação do mercado após o resultado dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que afastaram o medo da recessão.

Dessa forma, o apetite por ativos de risco aumentou, o que favoreceu moedas emergentes como o real.

Além disso, no Brasil, os dados do IPCA (índice de Preços ao Consumidor Amplo) e declarações políticas ajudaram na valorização da divisa brasileira contra a moeda norte-americana.

Apesar de expressar aceleração de 0,38% em julho, o IPCA também mostrou que os preços dos alimentos seguem em queda, o que relaxou a curva de juros e ancorou a queda do dólar. 

“Houve uma leve piora na inflação. Apesar de o IPCA estar em níveis bem menores do que nos últimos anos, a perspectiva é de que a inflação continue nesse patamar e encerre o ano em 4,20%”, disse o CEO do Transferbank, Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank.

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Dólar: além do temor de recessão dos EUA o que mais influenciou alta no começo da semana?

Após os dados do payroll do país norte-americano, que indicou a criação de 114 mil novas vagas de emprego, número bem abaixo do que esperavam os especialistas (175 mil), o mercado começou a temer que a maior economia do mundo entrasse em recessão. 

Unido a esses resultados, as tensões de conflitos no Oriente Médio se intensificaram, após o assassinato do líder do HamasIsmail Haniyeh. O fato aconteceu durante um ataque atribuído a Israel na capital do Irã, Teeerã, na quarta-feira (31). 

Com isso, o pânico tomou conta dos investidores em todo o mundo, que começaram um movimento de realização de suas aplicações no mercado acionário e levaram os investimentos a ativos mais seguros, nesse caso, os Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA).

No entanto, especialistas já apontavam que a desvalorização expressiva das Bolsas era uma reação exagerada e precipitada. Isto se provou verdade quando os índices acionários voltaram a subir nesta terça-feira (06), como Ibovespa valorizando 0,80%, enquanto o dólar voltou a caixa significativamente 1,48%.

“A alta das bolsas após um dia de queda reflete a natureza especulativa dos mercados, onde expectativas e emoções desempenham papéis significativos na distorção dos preços”, disse, Gabriel Redivo, sócio e diretor de gestão da Aware Investments.