Dólar vira e encerra em baixa, a R$ 4,90, após decisão do Fed

Moeda norte-americana fecha o dia com desvalorização de 1,05%, cotada a R$ 4,90

O dólar comercial fechou em baixa nesta quarta-feira (4), após a divulgação das novas taxas de juros dos EUA. Próximo às 17h00 (horário de Brasília), a moeda norte-americana desvalorizou cerca de 1,05%, custando R$ 4,90. A máxima do dia chegou a R$ 5,03.

A virada do dólar ocorreu após o anúncio da elevação da taxa de juros nos EUA. Na tarde de hoje, o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) aumentou em 0,5 ponto porcentual sua taxa básica de juros, o que corresponde a uma alta para um intervalo entre 0,75% a 1%. A medida, apesar de esperada pelo mercado, representa o primeiro aumento desta magnitude em 22 anos.

O aperto monetário proposto pelo Fed ocorre em meio a uma tentativa das autoridades norte-americanas de conter a disparada da inflação no país, que chega em seu maior patamar em 40 anos.

No cenário externo, novas sanções econômicas contra Moscou dão o tom do mercado em meio à guerra na Ucrânia, que já dura mais de dois meses. A tensão vem se intensificando desde a semana passada, quando Moscou suspendeu o fornecimento de gás para a Bulgária e a Polônia, fonte de energia essencial para a União Europeia.

Na sessão de hoje, os preços do petróleo subiram mais de 5% após a presidente da Comisão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciar que os países europeus planejam deixar de comprar petróleo da Rússia em até seis meses. Próximo às 17h00 (horário de Brasília), o Petróleo Brent avançou 5,20%, com o barril custando R$ 110,41. O Petróleo WTI, por sua vez, avançou 5,46%, com o barril cotado a R$ 107,97.

No contexto doméstico, investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central referente a nova cotação da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. O anúncio será feito também nesta quarta-feira (4), após às 18h30 (horário de Brasília).

Atualmente, a Selic se encontra em 11,75%, e a expectativa é de elevação para 12,75%. Se confirmado, este será o décimo aumento seguido da taxa, elevando-a ao seu maior patamar desde janeiro de 2017, quando estava em 13% ao ano. 

Um aumento dos juros reflete diretamente no encarecimento do crédito e do custo da dívida pública. Com um financiamento mais caro, empresas podem também passar a investir menos, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.

Na terça-feira (3), o dólar fechou em queda de 2,14% a R$ 4,96. O resultado representa uma alta acumulada de 0,40% no mês e uma queda acumulada de 10,98% no ano frente ao real.

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