O dólar operava em baixa ante o real nesta segunda-feira (3), após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciar que os EUA adiaram a imposição da tarifa de 25% sobre produtos mexicanos por um mês, após uma “boa conversa” com Donald Trump, atual presidente norte-americano.
Por volta das 16h33 (horário de Brasília), o dólar registrava queda de 0,52%, a R$ 5,81.
O anúncio vem após os dois líderes chegarem a um acordo, que inclui o envio imediato de 10 mil soldados da Guarda Nacional mexicana para reforçar a fronteira.
Essas tropas terão a missão de prevenir o tráfico de drogas para os EUA, com foco especial no fentanil, um dos principais receios mencionados por Trump, como apontou o “InfoMoney”.
Dólar consagra a 8ª queda seguida após decisão de juros do Fed
A sessão de 29 de janeiro, com decisões sobre as taxas de juros nos EUA e no Brasil, gerou impactos sobre a cotação do dólar, que chegou a variar para alta após o comunicado do Fed, mas fechou com queda de 0,06%, a R$ 5,86.
Mais cedo, o Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, anunciou sua primeira decisão de juros do ano, mantendo as taxas inalteradas, na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, o que já era esperado pelo mercado, após três reuniões consecutivas com cortes.
No entanto, os investidores estão mais ansiosos pela declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, na coletiva de imprensa ao fim da reunião. O mercado observa possíveis indícios sobre a visão dos membros sobre a trajetória dos juros e sobre os primeiros dias de Donald Trump na Presidência.
Divisa não estava subindo por causa do governo Lula, diz Renan Filho
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), afirmou na quarta-feira (29) que a desvalorização recente que o dólar tem sofrido frente ao real, mostra que a moeda norte-americana não estava num patamar alto por culpa do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A razão real, na sua visão, foi a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump.
Renan Filho comentou também que o mercado financeiro tentou culpar a gestão petista pela situação, pois considerou insuficiente o pacote de medidas fiscais apresentadas pela equipe econômica, em 2024.