Domino’s planeja IPO no Brasil quando atingir R$ 1 bi em vendas

A Domino’s também quer atingir margem de Ebitda anual na faixa 12% a 18% para abrir IPO

A Domino’s, rede de pizzarias, planeja realizar um IPO (oferta pública inicial de ações) no Brasil quando atingir R$ 1 bilhão em vendas e margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, sigla em inglês) anual na faixa 12% a 18%.

Na quinta-feira (26), Fernando Soares, presidente da companhia, se reuniu com a equipe de análise do banco Credit Suisse para tratar do assunto. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

Em 2021, a DP Brasil Participações Societárias, controladora da Domino’s no País, informou que alcançou R$ 190 milhões em vendas em 2020, e ao Credit, disse ter chegado a R$ 280 milhões em 2021. Ainda em 2020, as vendas totais do sistema de lojas (próprias mais franquias) foram de R$ 455 milhões.

Caso o IPO ocorra, a Domino’s se juntará à Zamp (ex-BK Brasil) e à IMC (operadora de Pizza Hut, KFC e Frango Assado no Brasil). São 310 lojas da rede no país, sendo que dois terços são franquias.

Domino´s fechou lojas e saiu da Itália

Em julho, a Domino’s fechou formalmente suas lojas na Itália. De acordo com um relatório do Milano Today, a gigante de pizzas não conseguiu conquistar os italianos. Em abril, a EPizza SpA, operadora de franquias da marca na Itália, entrou com pedido de falência após ter sofrido os impactos da pandemia de covid-19.

De acordo com um relatório da Food Service, com o pedido de falência, a EPizza SpA fechou todas as suas lojas Domino’s em 20 de julho. 

Segundo o processo judicial, a empresa, com sede em Milão, enfrentou “concorrência sem precedentes” de restaurantes locais que começaram a usar serviços como Glovo, Deliveroo e Just Eat durante o período pandêmico. 

“Atribuímos a questão ao nível significativamente maior de competição no mercado de entrega de comidas, tanto com cadeias organizadas e restaurantes ‘caseiros’ que fazem delivery, quanto serviços e restaurantes reabrindo no cenário pós-pandemia e consumidores mais cautelosos com gastos” , afirmou a EPizza, no processo judicial, sobre os problemas da empresa. 

Foi concedido à ePizza um período de carência de 90 dias pelo Tribunal de Milão. Durante o período, que se encerrou no início de julho, os credores não podiam exigir o reembolso ou tomar seus ativos. No final de 2020, a empresa tinha cerca de € 10,6 milhões em dívidas. 

Ao entrar no mercado italiano, a Domino’s assinou um contrato de franquia de 10 anos com a ePizza, esperando fazer sucesso no país e já planejando introduzir um serviço de entrega de pizza em grande escala e construir até 880 lojas.