Segundo trimestre

Dona do Outback tem queda de 58,4% no lucro, a US$ 28,4 mi

"Não alcançamos as metas que tínhamos estabelecido", afirmou David Deno, diretor-presidente da Bloomin’ Brands

Dona do Outback
Foto: Divulgação

A Bloomin’ Brands, dona da rede de restaurantes Outback, lucrou R$ 28,4 milhões no segundo trimestre de 2024 – queda de 58,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A empresa alcançou receitas de US$ 1,12 bilhão entre abril e junho, redução de 2,9% sobre o mesmo período de 2023.

A companhia destaca que as vendas comparáveis em suas operações nos EUA, que incluem também redes como Carrabba’s Italian Grill e Bonefish Grill, caíram 0,1% no ano.

No Brasil, as vendas comparáveis da rede Outback tiveram queda de 1,1% no segundo trimestre. O tráfego nos restaurantes caiu 2,7% e o tíquete médio subiu 1%. A empresa terminou junho com 165 restaurantes no país.

David Deno, diretor-presidente da Bloomin’ Brands, disse, através de nota, que o setor de ‘casual dining’ foi “mais fraco do que o esperado no segundo trimestre. “Não alcançamos as metas que tínhamos estabelecido”, destacou Deno.

Por conta do resultados, a Bloomin’ Brands reduziu sua projeção de lucro por ação ajustado de US$ 2,51 a US$ 2,66 para US$ 2,10 a US$ 2,30. A estimativa de vendas comparáveis nos EUA deve ser de estabilidade a queda de 1%.

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Executivo da dona do Outback diz que rede “não está saindo do Brasil”

 O vice-presidente-executivo de estratégia global de clientes e Brasil da Bloomin’ Brands, dona do Outback, esclareceu que a marca não está de saída do Brasil.

Segundo ele, o comunicado de que o grupo estava “explorando e avaliando alternativas estratégicas” para a operação no Brasil foi mal interpretado.

O aviso em questão foi incluído no balanço trimestral do grupo, o mesmo que reportava um prejuízo contábil de US$ 84 milhões (cerca de R$ 440,2 milhões).

“Tirando os efeitos contábeis [por pagamento de dívidas], nosso resultado é um lucro ajustado de US$ 64 milhões […] como companhia global, a gente está bem, no Brasil, bem”, afirma Berenstein.

A venda, porém, não está descartada. No comunicado do início de maio, a Bloomin’ dizia que, para maximizar os ganhos de seu acionistas, poderia também vender as operações.

“Não se limita a uma venda. Se a gente não achar nem o veículo, nem o parceiro adequado… porque, quando a gente fala em alternativa, esse é um trabalho que o banco faz, é um negócio enorme. E uma das alternativas é não fazer nada”, diz o executivo, que ocupou até o ano passado o cargo de presidente do grupo no Brasil.