A eB Capital, que tem o bilionário Marcelo Claure como sócio, está em negociações com investidores sauditas para lançar um fundo de US$ 600 milhões, focado em ativos nos setores de clima e energia no Brasil.
A gestora de private equity, venture capital e ativos alternativos, que conta com Eduardo Sirotsky Melzer, Luciana Antonini Ribeiro e Pedro Parente como sócios fundadores, planeja lançar o fundo no terceiro trimestre deste ano, com metade do valor a ser captado na Arábia Saudita.
Lançada em 2017 e sediada em São Paulo, a gestora administra cerca de US$ 1 bilhão em ativos e tem como alvo grandes investidores institucionais e fundos soberanos globalmente.
Além de suas atividades na eB Capital, Marcelo Claure possui sua própria gestora de venture capital, a Bicycle Capital, em parceria com Shu Nyatta, outro ex-executivo do SoftBank, além de outras iniciativas de investimento.
Brasil e Arábia Saudita têm mostrado um interesse mútuo em expandir seus laços comerciais e de investimento. O reino busca diversificar sua economia, altamente dependente do petróleo, e reduzir as emissões de carbono, além de assegurar o fornecimento de alimentos e outras commodities.
A maior economia da América Latina, por sua vez, busca atrair capital para projetos de transição energética e para o setor agrícola.
EB Capital: Fundo de investimentos
O Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, com ativos de US$ 925 bilhões, tem sido um prolífico apoiador de investidores institucionais como SoftBank, BlackRock e Brookfield Asset Management.
Embora o PIF tenha afirmado que a proporção de seus investimentos internacionais poderia cair até um terço, o valor absoluto em dólares destinado a negócios no exterior pode aumentar, passando de US$ 40 bilhões em 2024 para US$ 70 bilhões anuais.
Na próxima semana, o FII Institute, uma organização sem fins lucrativos administrada pelo fundo soberano saudita, realizará uma cúpula no Rio de Janeiro, a primeira na América Latina.
O evento contará com a presença de Claure e outros investidores, além de autoridades sauditas, incluindo Yasir Al-Rumayyan, principal líder do PIF e presidente da gigante petrolífera Saudi Aramco.