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Economia cresceu 0,5% em novembro, diz Monitor do PIB da FGV

Na comparação interanual a economia cresceu 2,6% em novembro e 2,0% no trimestre móvel findo em novembro

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,5% em novembro em relação a outubro, conforme dados ajustados sazonalmente, de acordo com o Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, a economia brasileira apresentou um crescimento de 2,6% em novembro, e ao longo do trimestre móvel encerrado em novembro, registrou uma expansão de 2,0%. No acumulado dos últimos 12 meses até novembro, o crescimento econômico atingiu 2,9%.

“O crescimento do PIB em novembro é reflexo do desempenho positivo das três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços). Pela ótica da demanda, embora o consumo das famílias tenha crescido, destaca-se negativamente o desempenho da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). No caso da FBCF, a forte retração, influenciada principalmente pelo fraco desempenho de máquinas e equipamentos, reflete-se diretamente na baixa taxa de investimentos. Esses fatores indicam certa fragilidade desse crescimento, o que liga um alerta para o futuro”, diz Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, em comentário no relatório.

A FGV enfoca a análise detalhada dos componentes da demanda com base na série trimestral interanual, uma vez que essa abordagem exibe menor volatilidade em comparação com as taxas mensais e as ajustadas sazonalmente. Isso possibilita uma compreensão mais aprofundada da trajetória dos diferentes elementos que compõem a demanda econômica.

O consumo das famílias cresceu 2,8% no trimestre móvel findo em novembro, segundo o FGV Ibre. “Destaca-se que todos os tipos de consumo contribuíram positivamente para este resultado. No entanto, ainda assim, este crescimento segue menor que os expressivos registrados em 2022 e um pouco abaixo da média acumulada até novembro de 2023, que foi de 3,3%”, diz o documento.

No trimestre móvel encerrado em novembro, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou uma contração de 7,1%. Esse desempenho foi amplamente influenciado pela significativa queda no segmento de máquinas e equipamentos. Além disso, desde o trimestre encerrado em agosto de 2023, o setor da construção também apresentou recuos que contribuíram para o desempenho abaixo do esperado da FBCF. Por outro lado, as exportações de bens e serviços cresceram 7,9% no mesmo período, conforme indicado pelo Monitor do PIB.

“Apesar de elevado, este crescimento é o menor desde o trimestre findo em abril. O recuo de 8,2% da exportação de bens intermediários no trimestre ampliou a contribuição negativa deste tipo de bem, o que se refletiu no menor crescimento da exportação no trimestre. Ainda assim, as elevadas exportações de produtos agropecuários explicam o desempenho elevado das exportações no decorrer de todo o ano de 2023.”

Crescimento do PIB

O total das importações retraiu 2,8% no trimestre móvel findo em novembro. “Apesar do desempenho ruim, nota-se melhora da tendência das importações, com resultados menos negativos. As importações de bens intermediários seguem sendo a principal razão para a retração do total importado, no entanto, desde o trimestre findo em outubro as importações de serviços tem contribuído positivamente o que contribui para atenuar o recuo das importações.”

Em termos financeiros, de acordo com as estimativas do FGV Ibre, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado até novembro, em valores correntes, atingiu aproximadamente R$ 9.871.682 milhões, o equivalente a R$ 9,872 trilhões. O monitor também aponta que a taxa de investimento em novembro foi de 16,9%.

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