EDP (ENBR3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 222,8 mi no 2T23

A EDP Brasil (ENBR3) anunciou ao mercado na manhã desta quinta-feira (27), os resultados do balanço do segundo trimestre de 2023 (2T23), em que reportou um prejuízo líquido de R$ 222,8 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 381,1 milhões no mesmo período no ano passado.

Nesse sentido, a EDP Brasil explicou em comunicado que o resultado foi “impactado pela reclassificação de todos os ativos e passivos de Pecém como ativo não circulante mantido para venda. Essa reclassificação teve um valor total de R$ 577,2 milhões”.

A receita líquida, por sua ve, somou R$ 3,562 bilhões, uma redução de 1,5% em comparação ao mesmo período em 2022. Já no semestre a receita somou R$ 7,307 bilhões, ou seja, uma queda de 0,2%.

O Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) alcançou R$ 1,030 bilhão, montante 8,4% menor do que o observado um ano antes. De janeiro a junho o Ebitda da EDP alcançou R$ 2,391 bilhões, diminuição de 2,2%.

As despesas (PMSO) somaram R$ 362,8 milhões no 2T23, uma diminuição de 6% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 370,7 milhões no 2T23, isto é, uma redução de 11,2% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 10,147 bilhões, uma redução de 5,5% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,9 vez em junho/23, queda de 0,3pp em relação ao mesmo período de 2022.

Investimento em energia solar

A EDP comunicou ao mercado durante um evento, na noite desta segunda-feira (17), que irá investir R$ 530 milhões em geração e transmissão de energia solar em Goiás. 

Dessa forma, o aporte será dividido em partes pela EDP, sendo assim, R$ 325 milhões serão investidos até o ano que vem para a construção de 11 usinas, que têm capacidade instalada de 48 MWp. Desse total, 27 MWp estão em construção,incluindo uma usina que gera energia para o Banco do Brasil e 21 MWp em desenvolvimento.

Além disso, o restante, de R$ 200 milhões, será destinado para a transmissão entre este ano e o próximo  na empresa. Vale destacar que a companhia comprou a Celg Transmissão no início de 2022. 

Nesse sentido, o recurso está sendo direcionado para a ampliação, modernização e aumento de capacidade de sete subestações. Os demais R$ 5 milhões devem ser destinados a projetos de impacto social, como o EDP nas Escolas, por exemplo.