Renovação de contratos

EDP investirá R$ 4,5 bi em distribuição de energia no Brasil

A companhia informou sobre o decreto do governo brasileiro que permitirá a renovação dos contratos da EDP Espírito Santo e a EDP São Paulo.

EDP
Foto: Divulgação

A companhia elétrica portuguesa EDP anunciou, nesta segunda-feira (24), que deverá investir R$ 4,5 bilhões no segmento de distribuição de energia no Brasil entre os anos de 2024 e 2026.

Em comunicado ao mercado, a EDP informou sobre a publicação do decreto pelo governo brasileiro que permitirá a renovação dos contratos de suas duas concessionárias de distribuição de energia, a EDP Espírito Santo e a EDP São Paulo.

Juntas, as concessionárias somam uma base regulatória de ativos de R$ 7,9 bilhões e atendem mais de 3,8 milhões de consumidores.

“Ambas as concessões apresentam indicadores de qualidade dos serviços e de solidez financeira compatíveis com os critérios estabelecidos pelo decreto, sendo empresas referência em qualidade de serviço no setor de distribuição brasileiro, principalmente em termos de baixa frequência (FEC) e duração média (DEC) da interrupção do serviço de distribuição de energia elétrica…”

A EDP Espírito Santo é a primeira de 20 distribuidoras a ter seu contrato vencendo, em 2025, e o decreto permite antecipar a renovação da concessão, disse a companhia portuguesa.

“Este posicionamento reforça o compromisso, a visão e presença da EDP no país, através do seu investimento estratégico em redes de energia elétrica, em linha com o estabelecido na atualização do Plano Estratégico da EDP para 2024-2026”, comunicou a EDP em comunicado.

Energia: distribuidoras alegam que regras de concessão elevam custos

A Abradee, associação que representa as distribuidoras de energia emitiu um comunicado na sexta-feira (21) alegando que a publicação do decreto com diretrizes sobre a prorrogação dos contratos de concessão gera estabilidade regulatória e jurídica. Contudo, a organização apontou que o novo texto traz algumas preocupações para o setor.

Segundo a representante das distribuidoras de energia, há “critérios desafiadores, que demandarão mais investimentos e custos adicionais”. As informações são do jornal “Valor”.

O decreto reúne 17 diretrizes e afeta as 20 distribuidoras diretamente – elas atendem a 57 milhões de consumidores – com encerramentos de contratos para o período entre 2025 e 2030. As concessões são controladas por sete grupos importantes para o setor, que respondem a cerca de 60% do segmento de distribuição: Neoenergia (NEOE3), Enel, CPFL, Equatorial (EQTL3)EnergisaLight (LIGT3) e EDP.

Conforme o comunicado da associação, temas importantes como os eventos climáticos extremos, que podem interferir diretamente na distribuição de energia, além de outros serviços, precisam receber uma atenção técnica maior da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A Abradee destacou, ainda, que os impactos desses fatores, por vezes, são imprevisíveis e estão fora do controle das distribuidoras.