Empreendedor

Eike Batista dá mentoria por R$ 50 mil e fatura R$ 1 mi no final de semana

O valor estipulado foi de R$ 50 mil, o que garantiu aos participantes três dias de interação com Eike Batista

Eike Batista
Eike Batista / Foto: Divulgação

Eike Batista conduziu, no último fim de semana, sua primeira mentoria direcionada a empreendedores. O valor estipulado foi de R$ 50 mil, o que garantiu aos participantes três dias de interação com o empresário, incluindo refeições e um traslado de helicóptero até sua mansão em Angra dos Reis, na deslumbrante Costa Verde.

Vinte empresários marcaram presença no evento intitulado “Eike Xperience”. Com isso, Eike arrecadou, apenas neste fim de semana, a impressionante quantia de R$ 1 milhão.

O empresário, de 67 anos, passou 90 dias detido no Complexo Penitenciário de Bangu 9, localizado na Zona Oeste do Rio, em 2017, sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro em decorrência da Operação Lava-Jato.

“Foi tranquilo. Eu me relaciono bem. Então, fiz amizades com meus parceiros em volta”, disse Eike em entrevista ao Vox Luminis Podcast, em março. 

Eike na prisão

Eike também relatou que compartilhou a cela comum com mais três detentos, com direito a apenas uma hora de sol por semana, e teve que conviver com um criminoso responsável pela morte de 200 pessoas.

“No meu caso, tinham três a quatro por cela, uma cela de 18 metros quadrados, uma cela comum. Tinha um cara do lado, um tal de Maranhão, que tinha 200 assassinatos. Você tem que se adaptar rápido, fazer o que todo mundo tem que fazer numa boa. Aquilo te dá um choque de humildade, porque, caramba, você é privado de toda a liberdade que você está habituado. Principalmente porque eu fiquei num regime de uma hora só de sol e fiz semana inteiro preso. Ou seja, eu tinha uma hora de sol fora por semana, e o resto, trancafiado”, detalhou. 

Eike também comentou sobre o montante que repassou ao então governador Sérgio Cabral, atualmente encarcerado. O empresário foi acusado de transferir US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de favores relacionados a obras e negócios do grupo EBX, que pertence a ele, utilizando uma conta no exterior.

“Eu fui julgado no toma lá dá cá. O dinheiro que eu dei para o Cabral foi para a campanha política dele. Eu posso dar para quem quiser. Sempre investir um percentual no PT, no PSDB, no PMDB, em volumes iguais. (…). Tenho certeza que nas próximas instâncias eu vou ser absolvido. O dinheiro que o (ex) governador recebeu foi um dinheiro oficial meu, cheque oficial, eu que assinei, do meu imposto de renda. Eu nunca tive obra com o Estado. No final, ele em vez de usar o dinheiro para o partido, ele botou o dinheiro no bolso dele. Mas eu posso dar dinheiro para quem quiser”, declarou Eike na entrevista.

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