As companhias Eletrobras (ELET3), Cemig e a chinesa CTG venceram o leilão realizado nesta sexta-feira (1º) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e conquistaram o direito de estender as concessões de importantes usinas hidrelétricas.
A condição para a renovação é a quitação de dívidas adquiridas no mercado de curto prazo de energia.
A CTG participou com as hidrelétricas Capivara e Chavantes; a Eletrobras, com a usina Coaracy Nunes; e a Cemig, com Queimado, Irapé e a PCH Pai Joaquim.
A Statkraft também saiu vencedora, com a PCH Francisco Gros.
O cálculo exato dos prazos de extensão será divulgado pela CCEE em 20 de agosto. Antes disso, no dia 13, as empresas deverão quitar os débitos adquiridos, por meio de uma liquidação extraordinária no mercado spot.
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Leilão movimentou R$ 1,4 bilhão
O leilão ofertou títulos de dívida vinculados ao passivo remanescente do chamado risco hidrológico (GSF), que ainda afeta o mercado de curto prazo de energia. Ao todo, o certame movimentou R$ 1,4 bilhão.
O GSF refere-se à diferença entre a energia que as hidrelétricas efetivamente geram e a quantidade contratada para entrega.
Quando a geração fica abaixo do previsto, as empresas precisam comprar energia no mercado à vista para honrar seus compromissos, o que gerou uma onda de disputas judiciais ao longo da última década.
Esse passivo, que já chegou à casa dos R$ 10 bilhões, foi parcialmente reduzido após repactuações em 2015 e 2020.
Ainda assim, cerca de R$ 1,1 bilhão permanecia em aberto, principalmente relacionado a centrais geradoras hidrelétricas (CGHs).
