Eletrobras (ELET3): ações compradas com FGTS desvalorizam em R$ 1 bi

Os compradores ainda não podem resgatar valor investido porque ainda não completou um ano da operação desde a privatização

Os brasileiros que investiram em ações da Eletrobras (ELET3) por meio do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) perderam cerca de R$ 1 bilhão com a desvalorização dos papéis, desde a privatização da companhia em junho do ano passado. As ações compradas a R$ 42 agora custam R$ 35. 

E de acordo com as informações do site Valor Investe, a queda de 20% no valor das cotas dos fundos é atribuída aos questionamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o processo de desestatização, o que gerou até uma ação AGU (Advocacia Geral da União) no STF (Supremo Tribunal Federal).

Como ainda não passou um ano da operação, o dinheiro que os trabalhadores optaram por tirar do Fundo de Garantia para comprar ações da Eletrobras ainda não pode ser resgatado de volta para o fundo. A opção para muitos é migrá-lo para fundos de ações com gestão ativa, que compram papéis de diferentes empresas.

Mais 370 mil trabalhadores brasileiros destinaram o dinheiro do FGTS para a compra de R$ 6 bilhões em ações da Eletrobras.

Eletrobras (ELET3) reage à tentativa de “reestatização” do Governo

A Eletrobras (ELET3) defendeu que o processo de privatização da companhia foi dentro das regras e seguiu os trâmites previstos. Em documento emitido nesta segunda-feira (8), a empresa rebateu as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os questionamentos da Justiça acerca da legitimidade da privatização.

No fato relevante, o grupo contou que tomou conhecimento do ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) através de uma publicação do AGU (Advocacia Geral da União). O registro reafirmou que todo o trâmite foi conduzido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e que respeitou a Constituição Federal e o regramento atual. Além disso, a Eletrobras lembra que houve um amplo debate no parlamento e a validação do TCU (Tribunal de Contas da União).

“À época, inclusive, foram ajuizadas quatro outras ADI [Ações Diretas de Inconstitucionalidade] questionando a mesma Lei nº 14.182/2021, nas quais não houve concessão de decisão liminar que de qualquer modo impactasse a consumação do processo de desestatização”, diz a companhia.

A elétrica destacou que o governo recebeu R$ 26,7 bilhões em bônus de outorga com o processo de privatização da Eletrobras.

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