As ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) receberam recomendação de compra do J.P. Morgan. O banco norte-americano ainda estipulou um preço-alvo de R$ 50,00 para os papéis da companhia elétrica.
A recomendação de compra surge após a instituição financeira avaliar que muitas empresas de geração de energia estão oferecendo altas taxas internas de retorno (TIR) implícitas com portfólios contratados, retornos razoáveis de dividendos e oportunidades de alocação de capital com retornos atrativos.
Nesse sentido, o J.P. Morgan escreve que a maioria das empresas continua confiante de que os preços se recuperarão da baixa registrada durante o primeiro trimestre deste ano.
“Um catalisador para as empresas de geração de energia é o leilão de capacidade previsto para novembro de 2023, mas agora entendemos que esse leilão pode ser adiado e ainda não temos detalhes sobre quais fontes serão contratadas pelo governo e as condições de remuneração”, disse o banco, em relatório.
A equipe do J.P. Morgan também elevou suas estimativas em 23% para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 2023 da Eletrobras, após um forte desempenho do Ebitda no primeiro trimestre deste ano.
Além disso, a casa reduziu estimativas de lucro por ação (EPS) da Eletrobras em 29% após resultados financeiros muito mais fracos do que o esperado entre janeiro e março deste ano, o que resultou em uma expressiva queda no lucro líquido.
Eletrobras (ELET3): reestatização “não está em pauta”, diz ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou em 15 de maio que a reestatização da Eletrobras (ELET3) “não está em pauta”. A fala do ministro foi feita após ele participar de um evento organizado pelo Esfera Brasil, em São Paulo.
“Esse assunto, é importante ressaltar, não está em pauta. Ele foi o primeiro debate interno do governo. Compreendo que esse debate foi vencido quando o governo decidiu pelo segundo caminho, que era ter participação efetiva”, continuou o ministro.
A privatização da Eletrobras vem sendo bastante criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo federal já acionou até mesmo a AGU (Advocacia Geral da União) para entrar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para ampliar o poder de voto da União na Eletrobras.