O processo de privatização da Eletrobras (ELT3;ELET6) foi criticado nesta terça-feira (07) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na visão de Lula, a desestatização da empresa foi “quase que uma bandidagem”. As declarações foram feitas durante entrevista a canais de mídia alternativos no Palácio do Planalto.
O petista também revelou que o governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), irá pedir a revisão dos termos e efeitos da desestatização da empresa.
“Foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União, [ele] vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, disse Lula.
A privatização da Eletrobras foi proposta pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) via medida provisória, que foi aprovada com alterações pelo Congresso em junho de 2021. O texto acabou sendo convertido em lei em julho daquele ano.
Para Lula, os termos da privatização da Eletrobras foram “leoninos” contra o governo, pois impedem que a União volte a ter controle acionário da empresa.
Lula critica BC e diz que atual taxa de juros atrapalha o Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em entrevista a veículos de mídia alternativa nesta terça-feira (07), no Palácio do Planalto, Lula afirmou que o País terá dificuldades de crescer com a atual taxa básica de juros, mantida em 13,75% pelo Banco Central.
Para o petista, a taxa de juros poderia ter sido baixada. Lula entende que isso ajudaria na geração de empregos e no crescimento econômico, já que juros altos elevam o preço do crédito.
“Não é possível que a gente queira que este país volte a crescer com taxa de 13,75%. Nós não temos inflação de demanda. É só isso. É isso que eu acho que esse cidadão [Campos Neto], indicado pelo Senado, tenha possibilidade de maturar, de pensar e de saber como vai cuidar deste país. Ele tem muita responsabilidade”, disse Lula.
O Presidente também voltou a colocar em xeque a independência do Banco Central. “Pessoas que tomaram essa posição é que têm que olhar se a independência do BC valeu a pena ou não. Não deveria ser normal o presidente ficar discutindo verbalmente com o presidente do BC. Roberto Campos Neto deve explicações ao Congresso Nacional, a quem o indicou”, disse Lula.