Eletrobras (ELET6) não deve ser reestatizada, diz BTG

Analistas do BTG acreditam que governo de Lula não deve defender reestatização da Eletrobras

A Eletrobras (ELET3;ELET6) não deve sofrer uma reestatização sob o governo de Lula, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11). Segundo a casa, tal medida encontraria resistência no Poder Legislativo. 

“Mesmo se o governo decidir ir adiante com o plano, o processo precisaria ser aprovado pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, que atualmente tem uma maioria de centro-direita”, escreveu o banco.

Em relatório, escrito por Gisele Gushiken, João Pimentel e Maria Resende, o banco escreveu que qualquer acionista que deseje adquirir o controle da Eletrobras vai precisar realizar oferta para comprar todas as ações ordinárias e pagar um prêmio de 200%, estimando um custo de US$ 300 bilhões.

Nesta segunda-feira (31), por volta das 15:20 (de Brasília), os papéis da Eletrobras subiam. A ação ELET3 avançava 0,93%, cotada a R$ 48,87. O papel ELET6 subia 2,48%, cotado a R$ 52,39.

Eletrobras (ELET6) estuda proposta de conversão de ações

A Eletrobras (ELET6) anunciou que estuda uma proposta de conversão das ações preferenciais classe B (PNB) em ações ordinárias (ON) na razão de 1 ação PN para cada 1,1 ação ON. 

O movimento ocorre no contexto de análise, estruturação e implementação de potencial migração da Eletrobras para o Novo Mercado, segmento especial de listagem da B3, de modo que as negociações na B3 sejam exclusivamente de ações ordinárias.

Na quarta (26), a companhia comunicou a contratação de uma equipe para assessorar seu possível ingresso no Novo Mercado. A migração está associada à sua desestatização por meio da recente capitalização (follow-on) e às medidas de aprimoramento da sua governança corporativa.

Em relação às ações preferenciais classe A (PNA), a administração informou que está analisando todas as alternativas ao seu alcance em busca daquela que melhor atenda aos interesses da companhia e dos seus acionistas.

A Eletrobras disse, em comunicado, que esse processo considera, inclusive, as características dessa classe de ações, especialmente a sua baixa liquidez no mercado secundário, que a difere das ações PNB.