A Eletrobras (ELET6) irá pagar, nesta sexta-feira (9), R$ 1,3 bilhão em dividendos. A data de corte é 22 de abril, então, apenas os acionistas que tiverem comprado ELET6 até esta data, irão se beneficiar. Os papéis passaram a ser negociados sem o direito (ex dividendos) no dia 25 do mesmo mês.
O valor foi atualizado pela taxa Selic, então, o montante será maior do que o inicialmente anunciado em abril. O valor por ação ordinária (ELET3) passará de R$ 0,72 para R$ 0,77. Já as ações preferenciais classe “A” (ELET5) passarão de R$ 1,99 para R$ 2,15. Em relação aos papéis preferenciais classe “B” (ELET6), o valor passou de R$ 1,49 para R$ 1,61.
Eletrobras (ELET3;ELET6) pode investir mais de R$ 15 bilhões por ano
A Eletrobras (ELET3;ELET6) pode ter condições de investir ao menos R$ 15 bilhões por ano em decorrência do processo de capitalização. A projeção de Wilson Ferreira Jr., novo presidente da companhia, foi feita durante o 10º Fórum Lide de Infraestrutura, Logística e Energia, promovido para empresários pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), segundo apurado pelo jornal “Valor Econômico”.
De acordo com o executivo, o Brasil é um país com pouquíssimo investimento em infraestrutura, em torno de 1,5% do PIB, enquanto países de primeiro mundo aportam mais de 4,5%. Ainda assim, a criação de marcos regulatórios, como de gás, portos e saneamento, tem criado condições atrativas de capital e processos de concessões e privatizações – pelo qual a Eletrobras passou.
“Uma das razões da Eletrobras ter sido levada para o processo de capitalização é que ela não tinha capacidade de investimento. Ela investia R$ 4 bilhões por ano, [mas] só para manter a posição a empresa precisava de R$ 14 bilhões. A partir de agora, com a capitalização, ela consegue investir R$ 15 bilhões, no mínimo”, calculou Ferreira Jr.
Ferreira Jr. comandou a Eletrobras entre os anos de 2016 e 2021, mas deixou o cargo para assumir a Vibra (VBBR3), empresa de distribuição de combustíveis. Em sua segunda gestão, a nova Eletrobras irá focar em energias renováveis, principalmente nos segmentos de produção de energia eólica e solar, e deve voltar aos leilões de projetos de energia promovidos pelo governo federal.