Eletrobras (ELET6) tem prejuízo de R$ 88 mil no 3T22

No mesmo trimestre de 2021, a Eletrobras reportou lucro líquido de R$ 965 milhões

A Eletrobras (ELET3;ELET6) anunciou na última quarta-feira (09) seu balanço do terceiro trimestre do ano. A companhia apresentou um prejuízo líquido de R$ 88 mil entre julho e setembro, ante lucro líquido de R$ 965 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

Segundo a companhia elétrica,  o resultado foi “impactado, negativamente, pela deflação ocorrida no período, que resultou em uma redução de R$ 1,941 bilhão nas receitas de transmissão, que são reajustadas pelo IPCA e IGP-M”.

A receita líquida somou R$ 8,033 bilhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 13% na comparação com igual etapa de 2021. De acordo com a Eletrobras, a redução da receita é proveniente da deflação do período (queda do IPCA e IGPM).

Já a receita de transmissão passou de R$ 4,864 bilhões para R$ 2,924 bilhões entre julho e setembro. 

O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no trimestre totalizou R$ 3,197 bilhões no terceiro trimestre, um recuo de 36% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustada atingiu 0,4% entre julho e setembro, baixa de 0,1ponto percentual frente à margem registrada em 3T21.

O resultado financeiro líquido da Eletrobras foi negativo em R$ 1,819 bilhão no terceiro trimestre de 2022, ante perdas financeiras de R$ 882 milhões da mesma etapa de 2021.

Em 30 de setembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 33,522 bilhões, avanço de 75% na comparação com o mesmo período de 2021.

Nesta quinta-feira (10), por volta das 15:00 (de Brasília), as ações da Eletrobras caíam. O papel ELET3 despencava 8,26%, cotado a R$ 44,40, enquanto a ação ELET6 derretia 7,62%, cotada a R$ 48,36. 

Eletrobras (ELET6) não deve ser reestatizada, diz BTG

A Eletrobras (ELET3;ELET6) não deve sofrer uma reestatização sob o governo de Lula, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11). Segundo a casa, tal medida encontraria resistência no Poder Legislativo. 

“Mesmo se o governo decidir ir adiante com o plano, o processo precisaria ser aprovado pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, que atualmente tem uma maioria de centro-direita”, escreveu o banco.

Em relatório, escrito por Gisele Gushiken, João Pimentel e Maria Resende, o banco escreveu que qualquer acionista que deseje adquirir o controle da Eletrobras vai precisar realizar oferta para comprar todas as ações ordinárias e pagar um prêmio de 200%, estimando um custo de US$ 300 bilhões.

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