A Eletrobras (ELET3;ELET6) anunciou, na última terça-feira (03), que seu conselho de administração aprovou a recompra de ações. Segundo a companhia, o programa pode envolver até 202.111.946 ações ordinárias e até 27.552.681 ações preferenciais B da Eletrobras.
Com a notícia, os papéis da Eletrobras (ELET3;ELET6) subiam, por volta das 12h15 (de Brasília) desta quarta-feira (04), 2,36% e 2,51%, respectivamente.
Segundo fato relevante divulgado pela companhia, os volumes máximos do programa representam 10% do total de ações em circulação de cada classe e espécie.
O fato relevante também informou que o prazo máximo para liquidação das operações com ações emitidas pela companhia é de até 18 meses, contados a partir de 03 de janeiro de 2023 e encerrando-se em 02 de julho de 2024.
Ainda, o objetivo do programa de recompra é “incrementar o valor aos acionistas pela aplicação eficiente dos recursos disponíveis em caixa, otimizando a alocação de capital da companhia”, disse a Eletrobras.
Além disso, a empresa poderá utilizar as ações em tesouraria para atender aos planos de remuneração baseado em opções de compra de ações e remuneração baseado em ações restritas. “Adicionalmente, a companhia poderá, utilizar as ações em tesouraria para saldar obrigações decorrentes de seus passivos relativos a demandas judiciais que discutem diferença de correção monetária dos créditos de Empréstimo Compulsório de Energia (“ECE”) ou constitucionalidade do tributo”, informou a Eletrobras.
Avaliação do Credit Suisse sobre programa de recompra da Eletrobras
Para o banco suiço Credit Suisse, a notícia do programa de recompra é neutra, mas levemente positiva.
Os analistas destacaram, em relatório, que a recompra está sujeita à disponibilidade de caixa, a Eletrobras tem uma boa situação no seu balanço e isso pode ajudar a compensar parcialmente os impactos negativos relacionados às incertezas políticas e macroeconômicas que envolverão 2023.