Eletrobras (ELET6): transição recomenda adiar descotização

A descotização das usinas hidrelétricas da Eletrobras pode ser adiada

A descotização das usinas hidrelétricas da Eletrobras (ELET3;ELET6) pode ser adiada. Nesta semana, a equipe de transição para a área de minas e energia recomendou que o governo eleito avalie postergar o processo, que iria se iniciar em 2023.

Para alterar seus contratos via descotização e renovar as concessões de hidrelétricas, a ex-estatal pagou à União R$ 26,6 bilhões em bônus de outorga após a privatização, o que pode levantar questionamentos jurídicos. Uma mudança no calendário de descotização poderia atrapalhar contratos assinados pela companhia elétrica em seu processo de desestatização.

O processo, cerne da privatização, permite que a Eletrobras possa vender a energia gerada por suas hidrelétricas por preços de mercado, em vez de um valor calculado pela agência reguladora Aneel.

Nesta quarta-feira (28), por volta das 16:05 (de Brasília), as ações da Eletrobras apresentavam valorização. O papel ELET3 subia 1,99%, cotado a R$ 42,56, enquanto a ação ELET6 avançava 1,48%, cotada a R$ 43,95.

Eletrobras (ELET6): BNDES desiste de vender ações

As ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) que pertencem ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não serão vendidas neste ano. As informações são da agência “Reuters”.

No início de dezembro, uma cláusula de barreira (“lock-up”) para venda das ações da companhia acabou vencendo, gerando uma expectativa de que o BNDES pudesse vender parte de seus papéis na maior elétrica da América Latina.

“O banco não vai vender esses papéis da Eletrobras. Decisão tomada”, afirmou uma fonte à “Reuters”. “Avaliou-se essa possibilidade, mas o tempo ficou curto, e para se achar o tamanho adequado da operação, não teria (tempo) hábil”, relatou uma segunda fonte.

Atualmente, a estatal detém em carteira ações equivalentes a cerca de 8% do capital da Eletrobras, considerando fatia detida pelo braço de participações societárias da instituição (BNDESPar).

Eletrobras (ELET6): BBA vê riscos limitados com governo eleito

Recentemente, o Itaú BBA comentou, em resposta a investidores, que enxerga riscos limitados para a Eletrobras (ELET3;ELET6) com o novo governo eleito. Segundo o banco, as mudanças na lei das estatais não teriam implicações na companhia, uma vez que a Eletrobras foi privatizada em junho de 2022. Agora, o poder de voto de cada acionista, incluindo o governo federal, é limitado a 10%.

Com isso, segundo analistas do banco, uma reversão da privatização é improvável, dado o custo da poison pill (mecanismo de proteção contra aquisição hostil). Para tanto, o governo federal teria que fazer uma oferta pública (OPA) para comprar todas as ações dos acionistas minoritários, com um prêmio de 200% sobre o preço mais alto da ação nos mais de 500 pregões anteriores.

Dada a recente queda da ação da Eletrobras, que caíram mais de 13% desde o segundo turno da eleição, o BBA disse enxergar uma grande oportunidade de compra e reitera recomendação de compra para ações ordinárias da elétrica, com preço-alvo de R$ 61,60.

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