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Eletrobras (ELET6): venda de térmicas atrai Brookfield, Âmbar e Eneva

Negócio é estimado em R$ 8 bilhões

A venda de térmicas da Eletrobras (ELET3;ELET6) atraiu interessados de peso. De acordo com o Estadão/Broadcast, a canadense Brookfield, a empresa de energia Âmbar, do grupo J&F, e a Eneva estão foram atraídas pela possibilidade da compra. O negócio é estimado em R$ 8 bilhões.

O grupo que passou para a segunda etapa de disputa conta com ao menos cinco nomes. Nesta etapa, os candidatos fazem uma nova análise dos dados para lançarem as chamadas ofertas vinculantes, aquelas que atrelam um preço firme pelo ativo e na qual também têm mais acesso a informações financeiras e estratégicas. A venda está sendo assessorada por um dos gigantes de Wall Street, o Morgan Stanley.

Após a fase vinculante, tem início as conversas finais. A expectativa é que o fechamento do negócio, que depende da aprovação de reguladores, aconteça este ano. A base de dados disponibilizada recebeu bastante visitas, o que foi um termômetro importante para o interesse no negócio.

A Eletrobras anunciou o seu plano de se desfazer dos ativos térmicos a gás em julho do ano passado. Ainda em 2023, a empresa informou que a intenção era acertar a venda até o fim do primeiro semestre de 2024.

O portfólio em questão reúne as termelétricas Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz, o conjunto do Complexo Interior (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori), além dos direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs (Cristiano Rocha, Tambaqui,Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto de Rio Negro, com capacidade total de 2.059 megawatts (MW), em 2025.

A venda de térmicas a gás é parte do foco da atual gestão da Eletrobras, sob o comando de
Ivan Monteiro, de desinvestir ativos considerados não estratégicos e se tornar uma empresa de energia 100% limpa. O objetivo da companhia é avançar em seu plano de descarbonização e alcançar o selo de zero emissões de CO2 até 2030.

Procurada, a Eletrobras não respondeu até a publicação deste texto. Brookfield, mbar e Eneva não comentaram.

Eletrobras investe R$ 924 mi em projetos pós-privatização

Para cumprir com as obrigações estipuladas no processo de privatização, a Eletrobras divulgou, nesta segunda-feira (5), o depósito de R$ 924.171 milhões destinados à descarbonização da Amazônia Legal. A companhia de energia foi privatizada em 2022 e se tornou responsável por fazer investimentos sociais até 2023, como fazia enquanto estatal.

A iniciativa da Eletrobras tem como objetivo a ação no território amazônico, mas também a redução do custo de geração. Além disso, os recursos também serão destinados à interligação de regiões remotas, onde a energia elétrica ainda é produzida a partir do óleo diesel, de acordo com o InfoMoney.

“As interligações de tais regiões remotas e os projetos de produção de energia elétrica com base em fontes renováveis na região amazônica reduzirão o consumo de diesel e diminuirão as emissões de gases de efeito estufa”, informou a Eletrobras em nota.