Elon Musk acusa Twitter (TWTR34) de ocultar dados

Bilionário sul-africano afirma que a plataforma viola seu direito a informações sobre contas falsas

O empresário Elon Musk acusou a plataforma Twitter (TWTR34) de “resistir e frustrar” seu direito a informações sobre contas falsas na plataforma, chamando isso de “clara violação material” dos termos de seu acordo de fusão em uma carta enviada à empresa nesta segunda-feira (06). O documento aponta que, por conta do acordo de compra, o Twitter é obrigado a fornecer dados demandados por Musk que tenham relação com a finalidade do acordo. Às 14:20 (horário de Brasília), os papéis TWTR estavam cotados a R$ 94,06, registrando queda de 2,20%.

A carta também afirma que o bilionário sul-africano concordaria em garantir a confidencialidade de qualquer pessoa que revisasse os dados e não usaria nenhuma “informação competitivamente sensível” se o acordo não fosse concretizado.

O impasse do acordo de compra entre Elon Musk e Twitter não é novo. Em 25 de abril, Musk anunciou que entrou em um acordo com a rede social Twitter se tornando detentor de 100% das ações da empresa, em uma operação estimada em US$ 44 bilhões. Em 13 de maio, o CEO da Tesla (TSLA34) suspendeu a aquisição do Twitter, alegando que a plataforma não havia fornecido informações suficientes sobre o número de robôs de spam e contas falsas na plataforma. Desde então o negócio está travado. 

Com a paralisação da transação, as ações do Twitter despencaram, irritando os acionistas, que decidiram processar tanto o bilionário quanto a própria plataforma. Em uma proposta de ação coletiva apresentada em 25 de maio, os investidores do Twitter alegaram que Musk violou as leis corporativas da Califórnia em várias frentes, manipulando o mercado em benefício próprio ao semear dúvidas sobre se ele iria concluir o negócio depois de assinar o contrato da compra do Twitter. 

Elon Musk pode ter que responder em tribunal caso desista de comprar o Twitter. Segundo o portal “Dow Jones”, o contrato de compra oferece ao CEO da Tesla poucas maneiras de voltar atrás. Uma delas é se os bancos que concordaram em financiar o negócio não honrarem o empréstimo. 

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