Em dia marcado por forte volatilidade, as bolsas europeias conseguiram fechar a sessão desta terça-feira (22) próximas à estabilidade após as perdas registradas na véspera.
O pronunciamento do presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizado ontem, afetou o desempenho dos principais índices acionários do continente na parte da manhã.
Putin reconheceu a independência dos territórios de Donetsk e Lugansk, disse o Kremlin, diante da “agressão militar das autoridades ucranianas”, como resultado do qual “a população civil está sofrendo”.
O decreto que formalizou a medida pedia que as forças russas entrassem nas repúblicas autoproclamadas e pró-russas das regiões que ficam na região de Donbas, no leste da Ucrânia.
Depois da decisão ter sido anunciada, foram circuladas notícias de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deveria ordenar sanções às regiões separatistas, com a UE se comprometendo a tomar medidas adicionais. Apesar disso, os mercados continuaram sendo impactados pelo desdobramento da crise.
O reflexo dessas tensões sobre uma possível guerra na Ucrânia afundaram os dois maiores índices acionários russos em patamares históricos na pregão da segunda. O MOEX, maior benchmark da bolsa de Moscou, e o RTSI, que contempla as 50 maiores ações do país, fecharam com perdas de 10,50% e 13,80%, respectivamente, registrando as maiores quedas diárias desde a crise econômica de 2008, apontou a consultoria americana Refinitiv.
Investidores também seguem ligados à divulgação do índice de clima empresarial na Alemanha.
Segundo dados preliminares, o índice pan-europeu STOXX 600 encerrou praticamente sem variação.
Em Londres, o índice Financial Times fechou com ganhos de 0.14%, a 7,495.63 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0.48%, a 14,660.64 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 teve queda de 0.15%, a 6,778.28 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib recuou 0.09% , a 26,026.30 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 teve desvalorização de 0.13%, a 8,477.90 pontos.