As ações da Embraer (EMBR3) registraram forte alta nesta sexta-feira (8) após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024, que superaram as expectativas dos analistas, especialmente em relação ao lucro por ação ajustado, o que animou o mercado.
Por volta das 16h30 (horário de Brasília), os papéis da Embraer (EMBR3) subiam 6,15%, sendo negociados a R$ 53,13, após alcançarem a máxima de R$ 55,28 durante a sessão.
Para analistas do Citi (CTGP34), um dos principais destaques foi o lucro por ação, que atingiu US$ 1,20, superando a projeção de US$ 0,30 do banco e de US$ 0,28 do consenso. O Citi mantém recomendação de compra para os ADRs (recibos de ações) da Embraer em Nova York, com preço-alvo de US$ 40,00.
O bom desempenho foi impulsionado principalmente pelo segmento de jatos executivos, além de despesas financeiras líquidas e impostos menores do que o esperado. A informação é do “Valor”.
Já analistas do Goldman Sachs (GSGI34) ressaltaram que a receita trimestral da Embraer superou em 7% a previsão do consenso, com uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada superior em 0,7 ponto percentual.
O Ebitda ajustado da companhia alcançou US$ 357 milhões, incluindo US$ 150 milhões provenientes do acordo de arbitragem com a Boeing, resultando em uma margem Ebitda de 21,1%.
Embraer (EMBR3): BBi destaca 3 usos para o novo aporte de US$ 70 mi
A Embraer (EMBR3) anunciou nesta semana o investimento de US$ 70 milhões (R$ 396 milhões) destinados à construção de uma nova instalação de MRO (manutenção, reparo e operações) em Fort Worth, Texas. Para o Bradesco BBI esse aporte parece marginal, mas os analistas destacaram 3 aplicações importantes.
A primeira delas é o fato de que a localização da instalação de MRO apoiará fortemente as operações da American Airlines, um cliente estratégico da Embraer nos EUA. O segundo ponto é que o BBI enxerga a MRO como uma vaca leiteira e deve contribuir para aumentar as receitas recorrentes.
Nos cálculos do banco, essas receitas combinadas com a expansão da subsidiária OGMA em Portugal, devem resultar em receitas incrementais de US$ 575 milhões por ano ou 41% de crescimento anual dos números da Embraer.