Embraer (EMBR3): ações sobem 6,71% após queda forte na véspera

Mais cedo, a companhia também reiterou em entrevista que tem potencial para alcançar US$ 10 bilhões em receita até 2030 com o portfólio atual.

Ainda este mês, o ministro da Defesa do país sul-americano, Oscar Gonzalez, disse que estava negociando com o Brasil a compra das aeronaves por US$ 96 milhões. As entregas, de acordo com a Embraer, estão previstas para a partir de 2025.

Embraer (EMBR3): o que motivou o derretimento das ações na véspera?

Ao BP Money, Fabio Murad, sócio da Ipê Avaliações, disse que a queda forte nas ações da Embraer durante o pregão de segunda-feira (22) poderia ser atribuído a uma série de fatores, como “o mercado estar realizando lucros após a forte valorização das ações ao longo de 2024, que acumula uma alta de 77% desde janeiro”.

“Em segundo lugar, a falta de divulgação do valor da transação pode ter gerado alguma incerteza entre os investidores, levando a um movimento de venda mesmo diante de notícias positivas”, acrescentou o especialista.

A transação a que ele se refere é o anúncio divulgado nesta segunda-feira, que fechou acordo com os governos da Holanda e da Áustria para vender aeronaves militares C-390 Millennium.

Bruno Corano, economista e investidor da Corano Capital, por sua vez, reiterou a ideia de que é possível que investidores tenham entendido que o papel chegou “no pico”, acreditando que ele não vai valorizar ainda mais.

O JPMorgan ressaltou que, apesar do fraco desempenho das ações, os anúncios de foram positivos para a Embraer, pois a confirmação das 9 ordens C-390 diminui ainda mais os riscos para o segmento de defesa da companhia e leva à melhoria do seu resultado agregado.

“A correção oferece um novo ponto de entrada para negociações de investidores de longo prazo”, avaliou o banco, refletindo a realização de lucros devido ao forte desempenho da última semana.