Recomendação

Embraer (EMBR3): BofA revisa para cima preço-alvo, para US$40

A revisão reflete volumes comerciais mais robustos do que o esperado, além de uma lucratividade superior e ajustes nas estimativas da empresa

Embraer (EMBR3)
Embraer (EMBR3) / Foto: Divulgação

Analistas do Bank of America (BofA) elevaram o preço-alvo das ações da Embraer (EMBR3) de US$28 para US$40 para as American Depositary Receipts (ADRs) da fabricante de aeronaves.

A revisão, anunciada em um relatório aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira (22), reflete um aumento nos volumes e uma melhora na rentabilidade, e mantém a recomendação de compra para o papel.

A revisão reflete volumes comerciais mais robustos do que o esperado, além de uma lucratividade superior e ajustes nas estimativas da empresa. O BofA aumentou suas projeções para lucro por ação, receita e rentabilidade.

Para este ano, a previsão é de receitas de US$6,3 bilhões, em comparação com os US$6,1 bilhões anteriores, e um lucro por ação (LPA) ajustado de US$1,55, acima dos US$1,50 estimados anteriormente.

Os analistas Ronald Epstein, Mariana Perez Mora, Jordan Lyonnais e Samantha Stiroh apontam que a empresa está implementando uma estratégia dupla, focada tanto em avanços tecnológicos quanto em investimentos em pessoal.

“Em tecnologia, ferramentas aprimoradas por IA estão sendo implantadas em toda a organização para melhor identificar e resolver problemas da cadeia de abastecimento. No domínio pessoas, a Embraer está acrescentando pessoal para fornecedores problemáticos para entender melhor seus desafios, instituir mudanças e aumentar a eficiência operacional”, detalhou o BofA no documento.

Segmento de defesa da Embraer

Os analistas do BofA destacaram que o segmento de defesa foi o que mais cresceu em termos de receitas dentro da empresa. Eles esperam que essa expansão continue, impulsionada por novos pedidos de países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

“Os membros da OTAN estão a recapitalizar as suas capacidades militares e o C-390 está emergindo como o navio-tanque preferido da próxima geração da OTAN”, entende o banco, que recorda os pedidos da Holanda e Áustria no Farnborough Airshow.

Entre outras oportunidades de compras, estariam de economias emergentes como Arábia Saudita e Índia. No setor comercial, a dinâmica dos pedidos segue forte. Entre os novos negócios, estão pedidos da Mexicana de Aviacion e da Virgin Australia.

Os analistas apontam que a carteira de pedidos recorde da Embraer indica uma demanda contínua e crescente. “A carteira de pedidos da ERJ alcançou seu nível mais alto em sete anos, impulsionada pelo aumento na demanda comercial. Isso destaca o forte apelo da família de jatos E2, que oferece às companhias aéreas uma opção versátil e eficiente para expandir rapidamente a capacidade em diversos mercados”, afirmam.

Eles também destacam a perspectiva de crescimento sustentado para o E195-E2, com expectativa de aumento nas entregas de fuselagem estreita para atender à demanda crescente por mais assentos.

O banco projeta uma melhora no fluxo de caixa nos próximos trimestres, impulsionada pela expansão das entregas e novos contratos. Embora se espere que o fluxo de caixa permaneça estável no terceiro trimestre, a previsão é de uma geração robusta nos últimos três meses do ano, alinhando-se mais estreitamente com o guidance da empresa.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile