As ações da Embraer (EMBR3) receberam recomendação de compra do BTG Pactual (BPAC11), com preço-alvo estipulado em US$ 19. O banco ajustou suas estimativas de resultados e o valuation da empresa de aviação.
“Achamos um bom call de valor (valuation barato em relação aos peers globais), e sem considerar nenhuma oportunidade de longo prazo, como os segmentos de defesa, cibersegurança e a Eve,” escreveram os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.
Desde 2018, a Embraer passou por disrupções relevantes, incluindo o lançamento de um novo produto na aviação comercial (o E2), uma tentativa mal-sucedida de fusão com a Boeing. Agora, na visão do BTG, a empresa está gradualmente voltando à normalidade, “aumentando as entregas de aeronaves comerciais e gerando caixa”.
De acordo com o banco de André Esteves, a Embraer negocia a 7,4x seu EBITDA estimado para este ano.
Nesta segunda-feira (06), os papéis da Embraer avançavam 0,43%, cotados a R$ 16,54.
Sabesp (SBSP3): BTG (BPAC11) recomenda compra
Além da Embraer, as ações da Sabesp (SBSP3) também receberam recomendação de compra do BTG Pactual (BPAC11). A casa ainda estipulou um preço-alvo de R$ 63. De acordo com os analistas do banco, a privatização da companhia pode proporcionar uma valorização nos papéis.
“Não apenas o governo estadual está perseguindo publicamente a agenda de privatizações, mas as ações não parecem estar precificando qualquer fatia desse cenário”, escreveram os analistas João Pimentel, Gisele Gushiken, Maria Resende e Luis Mollo.
“No entanto, não achamos que a recomendação venha exclusivamente da privatização. A empresa anunciou recentemente um novo CEO – André Salcedo – com vasta experiência no BNDES (2003 – 2019) e na concessionária de saneamento Iguá (2019 – 2021)”, complementou o BTG sobre a Sabesp.
Vibra (VBBR3): BTG (BPAC11) mantém recomendação de compra
As ações da Vibra Energia (VBBR3) tiveram sua recomendação de compra mantida pelo BTG Pactual (BPAC11), com preço-alvo estipulado em R$ 28. Em 23 de janeiro, a companhia focada em combustíveis informou que notificou a Americanas (AMER3) sobre o encerramento imediato da Vem Conveniência, joint venture formada entre as duas empresas para exploração de lojas de pequeno varejo, dentro e fora de postos de combustível, por meio das redes Local e BR Mania.
Em relatório publicado nesta terça (24), os especialistas Thiago Duarte e Pedro Soares, do BTG, escreveram que o encerramento da Vem “representa claramente um revés no desenvolvimento” da oportunidade de expansão das operações da Vibra.
“Há muito tempo argumentamos que o plano de parceria com uma operadora de varejo [Americanas] para desenvolver oportunidades não relacionadas ao combustível era uma maneira inteligente de a Vibra gerar valor”, afirmou o banco.
Apesar disso, a instituição financeira crê que a Vibra continuará operando sob o modelo de franqueados até a revelação do novo plano de negócios. “Esperamos que a rescisão gere impactos pontuais na Vibra, uma vez que a Americanas ainda não concluiu a totalidade dos desembolsos previamente acordados”, escreveram os analistas do BTG.