O BTG Pactual reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Embraer (EMBR3), destacando a posição favorável da empresa na indústria da aviação e seu potencial de crescimento futuro.
Isso é impulsionado, especialmente, pelo aumento das campanhas comerciais e pelo avanço da tecnologia de eVTOL (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical).
A análise do banco ocorre após a divulgação pela companhia de seu balanço financeiro do primeiro trimestre de 2024 (1T24).
O desempenho durante o período ficou principalmente em conformidade com as expectativas do BTG Pactual.
“Apesar de enfrentar desafios, como despesas relacionadas ao EV (veículo elétrico) e margens mistas entre suas divisões, a empresa mantém uma posição sólida, destacada por uma receita líquida de US$ 897 milhões, um aumento de 25% em relação ao ano anterior” destacou o banco.
Embraer no 1T24
No 1T24, a Embraer entregou um total de 25 aeronaves, sendo sete comerciais e 18 executivas. Quanto ao lucro líquido, a empresa registrou US$ 30 milhões, uma reviravolta notável em comparação com as perdas substanciais do mesmo período de 2023.
Contudo, o lucro líquido ajustado, impactado por despesas relacionadas ao EVE, ficou em -US$ 13 milhões.
O BTG Pactual notou margens variadas entre as divisões da Embraer. Enquanto a aviação comercial e a defesa e segurança registraram margens negativas, a aviação executiva e os serviços de suporte exibiram margens positivas.
Além disso, o consumo de caixa totalizou US$ 346 milhões, ao passo que a dívida líquida aumentou para US$ 1,0 bilhão.
Apesar dos desafios enfrentados no primeiro trimestre, a Embraer reafirmou suas projeções para o ano fiscal de 2024. Estas incluem entregas previstas de 72 a 80 aeronaves comerciais e 125 a 135 executivas, com uma margem Ebitda entre 6,5% e 7,5%, e um fluxo de caixa livre de US$ 220 milhões ou superior.
Apesar de ter registrado um aumento de 52% no ano até o momento, o BTG Pactual ainda considera a Embraer uma oportunidade de investimento atrativa, principalmente devido aos múltiplos EV/Ebitda que o banco avalia como favoráveis.