CEO diz

Embraer (EMBR3) é “ótima solução” para aéreas aumentarem capacidade

CEO diz que tem observado um aumento na demanda por seus jatos comerciais e está trabalhando ativamente em diversas campanhas de vendas

Embraer
Foto: Embraer / Divulgação

O presidente-executivo da Embraer (EMBR3), Francisco Gomes Neto, afirmou nesta terça-feira (18) que a empresa se considera uma “excelente solução” para as companhias aéreas aumentarem suas capacidades de forma mais rápida, diante das restrições nas entregas de aeronaves maiores de corredor estreito no setor.

Segundo o executivo, a empresa tem notado um crescimento na procura por seus jatos comerciais e está engajada em várias campanhas de vendas que planeja finalizar nos próximos meses.

O CEO fez essas declarações a repórteres durante um evento realizado na sede da empresa em São José dos Campos (SP).

A Embraer possui slots de produção disponíveis a partir de 2026, o que lhe permite concluir vendas de novos jatos antes de concorrentes maiores como Boeing e Airbus. A Airbus, por exemplo, já esgotou sua capacidade de produção de jatos de corredor único até o final da década atual.

A empresa brasileira está se preparando para o Farnborough Airshow no próximo mês, um evento em que fabricantes de aviões frequentemente anunciam grandes pedidos. Gomes Neto expressou sua expectativa de que o evento deste ano seja “o melhor de todos os tempos” para a Embraer.

No início deste mês, a Embraer recebeu um pedido de 20 jatos E2 da estatal Mexicana de Aviación, expandindo seu mercado para os jatos comerciais de segunda geração.

Embraer (EMBR3): BTG vê dinâmica favorável e ‘limites históricos’

Para o banco BTG Pactual (BPAC11), no curto prazo a dinâmica segue favorável para as ações da Embraer (EMBR3), apesar das fortes altas recentes. O “ambiente robusto” da indústria de aviação é o que trás o otimismo e pode levar o papel a “limites históricos”.

“Todas as quatro divisões da Embraer (Comercial, Executiva, Defesa e Serviços) estão todas vivenciando cenários industriais favoráveis, o que poderia levar as ações a testar os limites superiores das faixas históricas de negociação”, afirmaram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi.

Segundo a equipe do BTG, a melhora na percepção sobre o setor de Defesa é um driver importante. Em seus cálculos, a ação está sendo negociada a uma taxa valor da empresa/Ebitda implícito de 7 vezes, estimado para 2025, de acordo com o “Estadão”.